domingo, 24 de novembro de 2013

O NATAL VEM AÍ.


Todo ano é a mesma coisa.
A imprensa noticia, a TV propaga, as praças se iluminam para colaborar com as lojas que as circundam no chamamento aos fregueses.
Mas não é só o comércio que quer ganhar, não!
As crianças ficam louquinhas; as mães fazem planos para a árvore de Natal, a ceia, os presentes; os adolescentes torcem o nariz, mas no fundo aguardam ansiosos pela festa e pelo que vai acontecer depois da festa; os pais precisam demonstrar atenção e responsabilidade para esse 
momento, às vezes, único, de união em família. 
Tem gente que não curte isso e então já começou a arrumar as malas: q
ualquer lugar serve para fugir.
E então, como sempre, chega a noite mágica.
Claro que não é possível mais haver sapatinhos na janela ou meias estendidas num varal, porque eles não comportam mais os objetos dos desejos de hoje em dia: não caberiam!
Abrem-se as caixas coloridas, os cartões musicais, o coração sobressalta-se.
Até se pensa nos entes queridos que se foram, nos parentes que moram longe e naqueles que preferiram ir para longe dessa festa tão brega, como alegam.
Na verdade, todos querem ser felizes nessa hora.
Dá para passar na solidão de um quarto?
Dá para embrenhar-se na escura umidade de uma mata ouvindo corujas, sapos coaxantes, animais rastejantes, pios dos ventos?
Dá para fugir do barulho das ruas?
Dá para resistir ao cheiro do Natal que exala por todos os cantos?
Renda-se!
Não viaje!
Faça do Natal, neste ano, o melhor Natal do mundo tanto para você como para os seus.
Pode ser que no próximo Natal você não esteja mais aqui.

Nenhum comentário: