domingo, 2 de agosto de 2015

MORREU ORLANDO ORFEI, O PAI DE "ANA RAIO" NA TV: 95 ANOS

 
O italiano Orlando Orfei, 95, morreu na noite de sábado (1º) de pneumonia no HSCOR de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele estava internado no hospital desde o dia 16 de julho.
Orfei é considerado um dos grandes nomes do circo brasileiro. Ele faz parte da quinta geração de circo da família. 
Começou a vida como palhaço, aos seis anos, quando o irmão, Páride Orfei, 20 anos mais velho, que já era palhaço, o colocava dentro das calças de figurino. 
Orfei fez de tudo no circo: foi mágico, locutor, malabarista, domador de feras e equilibrista.
Ele chegou no Brasil em 1968 para participar do Festival Mundial do Circo, no Maracanãzinho. Desde então, decidiu morar no país. 
Em São Paulo, ele abriu o Circo Nazionale D'Itália, no ano seguinte. Em 1972, fundou o Tivoli Park, um dos mais famosos parques de diversão do país. O parque carioca ficava localizado na Lagoa e encerrou suas atividades duas décadas depois.
O empresário gostava de dizer que foi 63 vezes para o hospital por causa dos riscos da profissão. 
O acidente mais perigoso aconteceu em Mogi das Cruzes, onde os leões brigam por um fêmea que está no cio, em pleno espetáculo. Orfei acaba no meio dos leões e é salvo pelo sobrinho, Federico Orfei, que consegue tirá-lo da jaula. Foi internado e levou 160 pontos no tórax.
Orfei viajou com o seu circo por diversos países da América do Sul em turnês que duravam anos. 
Em 2008, ele fez sua última apresentação num picadeiro. Disse que se aposentou por causa da proibição de animais em circos. Desde então, passava os dias na sua casa em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ao lado da mulher, Herta, 80.
Em 2012, Orfei recebeu da presidente Dilma Rousseff a condecoração Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cultural em cerimônia no Palácio do Planalto.
O empresário deixa seis filhos, doze netos e seis bisnetos. O corpo do artista será velado nesta segunda-feira (3), a partir das 14h, no Cemitério Jardim da Saudade de Mesquita. 
O enterro será na terça-feira (4), no mesmo cemitério.
Jornal Cruzeiro do Sul
 

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