Quem viver até lá verá que isso seria excelente se não tivéssemos que pagar aluguel e nem contas de luz, de água, de telefone;
se o botijão de gás não nos fosse cobrado;
se consultas médicas e medicamentos nos saíssem de graça;
se aquela pizza, aquele bolinho de frango, aquela coca - cola do fim de semana, aquelas frutas e aquelas verduras e legumes chegassem a nossa casa cada vez que precisássemos;
se as festas de aniversário das crianças fossem presentes de algum palhaço gordão;
se não precisássemos de calçados, roupas, lingerie, cuecas, perfumes, shampoos, livros, jornais, revistas;
se aparelhos elétricos, móveis, não precisassem de reparos ou de substituição;
Visitar um shopping, nem pensar.
Sem chance de pegar um cinema ou entrar para ver uma peça no Municipal;
Mas sabe porque eu admiro o brasileiro?
Porque independente disso, mesmo que se lambuze em dívidas, ele continua se casando, fazendo filhos, trocando celular, curtindo futebol e indo às praias, pagando promessas em Aparecida ou para o Senhor do Bom - Fim, fumando seus baseados, comprando aparelhos de televisão e trocando sofás no carnê, a mulherada pintando as unhas e os cabelos nos salões de cabeleireiros e usando o que as novelas propagam como da última moda.
Dá pra continuar sadio e dizer-se feliz neste país com apenas nove notinhas de cem reais por mês no bolso?
O bom nessa história toda é que jamais seremos negativados nalgum banco e nem tampouco assaltados porque não dá nem tempo de guardar o dinheiro debaixo do colchão e isso o ladrão já sabe, não é mesmo?
Olhai por nós, ó Jesus Cristo!
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