Um dia, ao testemunhar a morte da era Collor no Brasil, o grande jornalista Boris Casoy afirmou convicto que o Brasil virava definitivamente uma página da sua história.
Estava enterrado o moço que a Rede Globo moldou bem do seu jeito para tornar-se presidente do Brasil.
Estava derrotado o falso caçador de marajás, o falso ecologista, o falso esportista, o falso idealista das causas populares, o falso patriota.
Desde então, ficou muito mais difícil explanar numa sala de aula sobre a História do Brasil nos dias atuais.
O país virou de ponta cabeça.
O coração do povo brasileiro, antes confiante, transformou-se em moradia para a incerteza.
Estava tudo acabado!
Que triste golpe!
Tornava-se urgente procurar outros caminhos para a história recomeçar, continuando de um vácuo maior do que o oceano.
Coincidentemente, naquela época, Collor tirava do caminho o cara conhecido como metalúrgico, o mesmo que também, um dia, virou presidente do Brasil, como ele. Aliás, Collor tirou do caminho mais de duas dezenas de candidatos contrários à política de José Sarney.
A História do Brasil continuou sendo pouco ensinada nas escolas.
Perdeu a graça.
Foi como se um apagão esfriasse definitivamente todas as consciências de todos os cidadãos.
Se naquela época Collor pecou, pecou também seu ex-adversário, agora enfiado nas malhas de um tal de mensalão. Enquanto as coisas acontecem, ou não acontecem tão rapidamente como deveriam acontecer, ficamos nós ouvindo histórias de um país maravilhoso que hoje está na paz, e cujo povo, agora mais sadio, conseguiu até reunir os políticos de outrora numa grande camaradagem.
Sarney, Collor, Lula, Maluf...
Para o bem do Brasil?
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