Durante reunião do Conselho da Polícia Civil (CPC) na tarde de segunda-feira (18/11), a delegada de polícia, diretora do Departamento Estadual de Narcóticos (Denarc), Elaine Maria Biasoli, entra para a história da instituição como a primeira mulher a dirigir o departamento.
Logo após a leitura do termo de posse, o delegado geral de polícia assinou o livro de posse, parabenizou a nova diretora e lhe deu as boas-vindas.
Na sequência a delegada Elaine Biasoli também assinou o livro e pediu a palavra para fazer um discurso em que lembrou alguns momentos de sua trajetória profissional nos últimos 27 anos, ou seja, quando ingressou na carreira de delegado de polícia até integrar o CPC, “consagrando o melhor de seus esforços ao exercício da honrosa, difícil e delicada arte de fazer polícia”, reconheceu.
Em sua fala, a delegada revelou a emoção e a vontade de assumir com responsabilidade o Denarc.
- “O tempo da existência humana é breve e fugaz, mas a Polícia Civil não o é, e sua administração se sucede no tempo, uma se fundindo na outra, como elos inquebrantáveis de uma única corrente.”
Uma das preocupações da nova diretora é a eficiência. “No Estado de São Paulo, a polícia sempre vence, e vence porque trabalha de modo eficiente. É um Estado em que o bem sempre vence o mal, mas para que o bem continue triunfando precisamos dar continuidade aos trabalhos até aqui desenvolvidos, sob orientação superior”, disse reconhecendo os méritos de seu antecessor, o delegado de polícia Marco Antonio Pereira Novaes de Paula Santos.
Lembrou ainda das novas demandas sociais para o combate à criminalidade, quando se inicia uma nova gestão.
E, sobre o trabalho em equipe, disse:
- “Uma andorinha sozinha não faz verão, daí porque conto com o apoio e auxilio de todos os colegas e amigos nessa empreitada que me foi confiada”.
A delegada Elaine Biasoli recordou sua trajetória na carreira:
- “Dediquei toda a minha vida à Polícia Civil. Entreguei minha juventude ao sonho de uma sociedade mais segura e justa. Não tenho qualquer arrependimento, tampouco ressentimento ou rancor”, revelou.
E continuou lembrando-se de sua família e colegas:
- “Muitos que acompanharam a minha trajetória profissional tombaram pelo caminho, portanto, não podem compartilhar a alegria deste momento. Divido com eles esta conquista, em especial ao meu querido e saudoso pai, que não está aqui, mas a sua imagem percorre os meus conceitos.
Ele habita em mim com sua tenra expressão de gentileza. Soube compreender as minhas escolhas e aplaudir minhas decisões. Encontrando-se num plano superior, certamente festeja esse momento com seu inesquecível sorriso e marcante entusiasmo”.
A coragem também é uma qualidade da nova diretora. É com ela que pretende administrar o departamento.
- “Esta dura caminhada me fez valorizar e amar muito mais a vida e me deu, sobretudo, coragem para enfrentar desafios ainda maiores”, disse antes de citar uma frase do romancista Guimarães Rosa em seu livro Grande Sertão: Veredas: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.
Do Site da Polícia Civil.
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