terça-feira, 23 de agosto de 2016

FEIJÃO CARO? MAS CADÊ O GUANDU?

Quando eu era pequena, meu pai plantava algumas variedades de feijão: era fradinho, jalo roxo, rosinha,  roxinho, mulatinho.
Depois da década de 70, apareceu o feijão carioquinha, que foi desenvolvido através de cruzamentos e mutações de feijão marrom, como o jalo e o mulatinho; sempre produz o dobro de outros feijões.
O carioquinha há mais de dez anos vem sendo estudado para ser o primeiro feijão transgênico do Brasil.  Mas por enquanto a Embrapa proibiu e parece que não teremos feijão transgênico no Brasil por um bom tempo.
Minha avó plantava feijão jalo na cerca e era extremamente prático colher para prepará-lo e saborear.
Já o feijão guandu crescia pelo mato sem ninguém plantar.
Rezava a lenda que esse produtor fora trazido para o Brasil dentro dos navios negreiros, a bordo dos cabelos dos escravos.
Leguminosa arbustiva e perene, é muito usada nos sistemas agroflorestais para recuperar e reequilibrar os ambientes. 
Suas raízes fixam o nitrogênio ao solo.
Também considerado planta medicinal, a infusão das raízes do feijão guandu, bem como suas folhas e flores, é antiinflamatória, emoliente, diurética, depurativa, auxiliando nos processos de hemorragia e nos problemas respiratórios.
Ai, ai, mas cadê você, guandu?
Era comum ver alguns pés de feijão guandu próximo ao Ribeirão do Passinho, em São Miguel, no tempo em que a família Mendez residiu por ali.

Nenhum comentário: