quarta-feira, 26 de abril de 2017

MEGA-ASSALTO NO PARAGUAI: PCC?

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um assalto cinematográfico, já considerado o maior da história do Paraguai, assombrou os moradores de Ciudad del Este na madrugada desta segunda-feira (24). Por volta de 1h30 da madrugada (horário local), um grupo de cerca de 50 homens armados com fuzis, metralhadoras e granadas explodiu a sede da transportadora de valores Prosegur na cidade vizinha à brasileira Foz do Iguaçu. 
Os ladrões levaram pelo menos R$ 120 milhões da empresa. Na fuga, incendiaram 15 veículos para dispersar a polícia. Um agente foi morto. Os explosivos danificaram casas próximas e uma concessionária de carros.
Fachada da Prosegur após a quadrilha assaltar a sede da empresa no Paraguai (Foto: Cortesia/Diario ABC Color)
O modo de agir combina com o estilo de atuação do PCC, Primeiro Comando da Capital, a organização criminosa que domina os presídios do estado de São Paulo e é considerada hoje a maior do Brasil. 
Atacar sedes de empresas de valores em busca de altas somas de dinheiro, espalhar artefatos para furar pneus de carros da polícia, fechar ruas com carros incendiados e causar pânico ao redor são marcas de assaltos feitos pela facção no interior de São Paulo.
A Polícia Nacional do Paraguai suspeita que o mega-assalto tenha sido executado pelo PCC pelo modo de agir e pelo contexto no submundo do crime no país neste momento. 
A facção criminosa brasileira está em processo de expansão no Paraguai. Em junho do ano passado, em outra atuação ousada, a organização matou o traficante Jorge Rafaat Toumani. Até então considerado o “rei da fronteira” com o Brasil, Toumani dominava o tráfico de drogas na divisa de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, com a cidade paraguaia Pedro Juan Caballero. Sua morte abriu caminho para a organização paulista dominar a já consolidada rota do narcotráfico no corredor Bolívia-Peru-Paraguai em direção ao Brasil.
Em entrevista à rádio ABC Cardinal, o ministro do Interior do Paraguai, Lorenzo Lezcano, afirmou que os assaltantes eram brasileiros. 
De acordo com ele, a maioria dos carros usados no assalto tinha placas do Brasil. 
Uma testemunha afirmou que os criminosos falavam português. Pelo menos três suspeitos morreram durante confronto com a polícia no início da tarde.
Aline Ribeiro/ Época

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