terça-feira, 27 de março de 2012

POR FALAR EM JOGO DO BICHO...



Andava tudo muito calmo, ultimamente, com relação às atividades dos bicheiros no Brasil, que aos poucos foram se incorporando à cultura nacional, mas sabe-se que ninguém se torna banqueiro do jogo do bicho sem cometer crimes, sem matar alguém. 
Agora, através do senador Demóstenes Torres, parece que se abre novamente a porta que permaneceu fechada por um longo tempo, esquecida pelos políticos e até pela mídia.
Voltaremos a reconhecer das barbaridades cometidas por esses "profissionais". 
Uma entrevista com o promotor carioca Raphael Cesário, feita em agosto de 1.991, estarreceu os leitores da revista "Veja".
Odiado pelos bicheiros, Cesário já recebera muitas ameaças de morte até mesmo através de recados pessoais.
É ele quem afirma que todos os banqueiros do jogo do bicho exercem tráfico de entorpecentes; que eles são os grandes financiadores deste ramo de negócios; que todos os envolvidos nesse jogo corrompem, dando dinheiro  a várias autoridades de diversos escalões.
No Brasil, através do jogo do bicho patrocina-se carnaval, compra-se jogador de futebol, elege-se um político; são formas de lavagem de dinheiro. 
Segundo o promotor Cesário, a polícia não combate o tráfico de entorpecentes de fora para dentro do país porque, no momento em que fizer isso, vai deixar de receber o dinheiro do bicheiro. Uma remuneração que é, no mínimo, o triplo do salário mensal de um policial. 
O bicheiro paga, suborna, corrompe.
O promotor Raphael Cesário ainda prenunciou nas páginas de "Veja" que "estamos perdendo a noção da moral, do certo e do errado. Consideramos vitoriosos aqueles que ganham muito dinheiro, seja como for. Estamos apontando para nossos filhos o exemplo social do criminoso, daquele que gastou dinheiro corrompendo jovens, mas ficou rico".
Por isso, o que vem por aí será como a luta do bem contra a arma mais poderosa que existe: o dinheiro.

Nenhum comentário: