sexta-feira, 26 de abril de 2013

NOSSO GRANDE MACHADO DE ASSIS.


1839 – Nasce a 21 de junho, no Rio de Janeiro, Joaquim Maria Machado de Assis, filho legítimo de 
Francisco José de Assis e Maria Leopoldina Machado de Assis, moradores no morro do 
Livramento, ele brasileiro, da mesma cidade, ela portuguesa, da Ilha de São Miguel. 
Pelo pai, 
descendia de pardos forros. 
Pouco se sabe de sua infância: cedo perdeu a mãe e a única irmã; foi 
amparado, até o segundo casamento do pai, pela madrinha, senhora abastada. 
Morto Francisco José, 
ficou em companhia da madrasta, Maria Inês. Quer a tradição que tenha sido auxiliar do culto na 
igreja da Lampadosa. 

1855 – De 12 de janeiro desse ano, data da publicação de seu primeiro poema, “Ela”, até 3 de maio 
de 1861, colabora na Marmota Fluminense de Paula Brito. 

1856 – Admitido como aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional, exerce o ofício até 1858. 

1858 – Encontra no Padre Antônio José da Silveira Sarmento, cura da Capela de S. João Batista, do 
palácio imperial de São Cristóvão, um professor gratuito. Passa a revisor de provas de Paula Brito, 
em cuja livraria terá servido também como caixeiro. De 11 de abril desse ano até, pelo menos, 26 de 
junho do seguinte, escreve em O Paraíba, de Petrópolis. Por esse tempo auxilia o escritor francês 
Charles de Ribeyrolles na tradução de O Brasil Pitoresco. De 25 de outubro desse ano até, pelo 
menos, 1 de março de 1868, colabora, com bastante irregularidade, no Correio Mercantil, do qual 
fora revisor de provas. 

1859 – Estréia como crítico teatral na revista O Espelho; nela figura, com produções várias, do n.o 
1, de 4 de setembro desse ano, ao n.o 
18, provavelmente o último, de 1 de janeiro de 1860. 

1860 – Convidado para redator do Diário do Rio de Janeiro, que, em segunda fase, reaparece em 25 
de março, exerce o lugar até março de 1867. Esporadicamente, escreve ainda no Diário até 30 de 
julho de 1869. De 16 de dezembro desse ano até, pelo menos 4 de julho de 1875, inclui-se entre os 
redatores de A Semana Ilustrada, que surge naquela data. 

1861 – Publica Desencantos (comédia) e Queda que as Mulheres tem para os Tolos (sátira em 
prosa). 

1862 – Admitido, a 31 de dezembro, como sócio do Conservatório Dramático Brasileiro, exerce as 
funções de auxiliar da censura. De 15 de setembro desse ano até 1 de julho do seguinte, figura em 
todos os números da revista O Futuro. 

1863 – Publica o Teatro de Machado de Assis, volume que se compõe de duas comédias, O 
Protocolo e O Caminho da Porta. De julho desse ano a dezembro de 1878, com interrupção em   1.
867 e 1.868, é constante a sua colaboração no Jornal das Famílias, ao qual dá de preferência 
contos. 
1.864 – Vai até a Barra do Piraí, trecho então recente da Estrada de Ferro D. Pedro II. Publica seu 
primeiro livro de versos, Crisálidas. 

1866 – Publica Os Deuses de Casaca (comédia). Publica no Diário do Rio de Janeiro a sua 
tradução do romance Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo, que aparece em volume no 
mesmo ano. 

1867 – Agraciado com a Ordem da Rosa, no grau de cavaleiro. Nomeado, a 8 de abril, ajudante do 
diretor do Diário Oficial, exerce o cargo até 6 de janeiro de 1874. 

1868 – Em carta de 18 de fevereiro, José de Alencar lhe apresenta o jovem Castro Alves. 

1869 – Casa-se, a 12 de novembro, com Carolina Augusta Xavier de Novais, moça portuguesa 
havia pouco chegada ao Brasil, onde residiam seus irmãos. 

1870 – Começa, a 23 de abril, a publicar no Jornal da Tarde uma tradução, logo interrompida, do 
romance Olivier Twist, de Dickens. Publica Falenas (versos) e Contos Fluminenses. 

1871 – É nomeado, a 4 de janeiro, membro do Conservatório Dramático, recentemente r
eorganizado. 

1872 – Publica Ressurreição (romance). Faz parte da Comissão do Dicionário Marítimo Brasileiro. 

1873 – Publica Histórias da Meia-Noite e a tradução de Higiene para uso dos Mestres-Escolas, do 
Dr. Gallard. É nomeado, a 31 de dezembro, primeiro-oficial da Secretaria de Agricultura, Comércio 
e Obras Públicas. 

1874 – De 26 de setembro a 3 de novembro, publica, em O Globo, o romance A Mão e a Luva, 
editado no mesmo ano. 

1875 – Publica Americanas (versos). 

1876 – De julho desse ano a abril de 1878, escreve em todos os números da revista Ilustração 
Brasileira. De 6 de agosto a 11 de setembro, publica em O Globo o romance Helena, editado no 
mesmo ano. É promovido, em 7 de dezembro, a chefe de seção da Secretaria de Agricultura. 

1878 – De 1 de janeiro a 2 de março publica, em O Cruzeiro, o romance Iaiá Garcia, editado no 
mesmo ano. Sua colaboração nesse jornal continua até 1 de setembro. Entra, a 27 de dezembro, em 
licença, e segue, doente, para Friburgo, onde fica até março de 1879. 

1879 – De junho desse ano a dezembro do seguinte, escreve na Revista Brasileira (fase Midosi), e 
nela publica, entre outros trabalhos, o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas (15 de março a 
15 de dezembro de 1880). De 15 de julho desse ano até, pelo menos, 31 de março de 1898, escreve 
na revista A Estação, onde publica, entre outros trabalhos, o romance Quincas Borba (15 de junho 
de 1886 a 15 de Setembro de 1891). 

1880 – Entra, a 6 de fevereiro, em licença de um mês, por estar sofrendo dos olhos. Designado, a 28 
de março, oficial-de-gabinete do Ministro da Agricultura, Manuel Buarque de Macedo, exerce as 
mesmas funções com o sucessor deste, Pedro Luís Pereira de Sousa. É representada, no teatro de D. 
Pedro II, a comédia Tu só, tu, Puro Amor..., por ocasião das festas organizadas pelo Real Gabinete 
Português de Leitura para comemorar o tricentenário de Camões, e para essa celebração 
especialmente escrita. Foi publicada, em volume, no ano seguinte. 

1881 – Publica em volume as Memórias Póstumas de Brás Cubas. De 18 de dezembro desse ano 
até 28 de fevereiro de 1897, escreve com assiduidade na Gazeta de Notícias; esporádica, a sua
colaboração alcança o número de 2 de junho de 1904. Entre outras seções, redige “A Semana”
(crônicas). 

1882 – Publica Papéis Avulsos (contos). Entra, a 5 de janeiro, em licença de três meses, para tratar-se fora do Rio. 

1884 – Publica Histórias sem Data. 

1886 – Sai o volume Terras, Compilação para Estudo, por ele redigido. 1888 – É elevado a oficial da Ordem da Rosa. Desfila, a 20 de maio, no préstito organizado para 
celebrar a Abolição. 

1889 – É promovido, em 30 de março, a diretor da Diretoria de Comércio, na Secretaria da 
Agricultura. 

1890 – Vai, em companhia de Carolina e dos Barões de Vasconcelos, visitar as fazendas da 
Companhia Pastoril Mineira, em Sítio e Três Corações. De carta sua depreende-se não ter sido esta 
a única viagem que fez a Minas. 

1891 – Publica em volume o Quincas Borba. 

1892 – Passa, em 3 de dezembro, a diretor-geral do Ministério da Viação. 

1895 – De dezembro desse ano a outubro de 1898, escreve na Revista Brasileira (fase Veríssimo). 

1896 – Publica Várias Histórias. Aclamado, em 15 de dezembro, para dirigir a primeira sessão 
preparatória da fundação da Academia Brasileira de Letras, tem parte preponderante na criação 
desse instituto, a que preside até morrer. 

1898 – É posto em disponibilidade, no dia 1 de janeiro, em virtude da reforma no Ministério da 
Viação. Volta ao Ministério, como secretário do Ministro Severino Vieira. Exerce depois as 
mesmas funções com Epitácio Pessoa e Alfredo Maia. 

1899 – Publica Dom Casmurro (romance) e Páginas Recolhidas (contos, ensaios, teatro). 

1901 – Publica Poesias Completas. 

1902 – Reverte à atividade, em 18 de novembro, como diretor da Secretaria da Indústria, no 
Ministério da Viação. É transferido, a 18 de dezembro, para diretor-geral de Contabilidade do 
mesmo Ministério. 

1904 – Publica Esaú e Jacob (romance). Segue em janeiro para Friburgo, com a esposa enferma. A 
20 de outubro morre Carolina, dias antes de completarem 35 anos de casados. 

1906 – Publica Relíquias de Casa Velha (contos, crítica, teatro). 

1908 – Publica o Memorial de Aires (romance). Entra, a 1 de junho, em licença para tratamento de 
saúde. Na madrugada de 29 de setembro, as 3h 20min, morre em sua casa, à Rua Cosme Velho, 18; é
 enterrado, segundo determinação sua, na sepultura de Carolina, jazigo perpétuo 1359, Cemitério 
de São João Batista. 

1999 – Em 21 de abril, os restos mortais de Carolina e Machado de Assis foram trasladados para o 
Mausoléu da Academia, no Cemitério São João Batista. 

(Fonte: http://www.machadodeassis.org.br/comissao.htm) 

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