domingo, 28 de abril de 2013

O MUSEU PARTICULAR DE RICARDO DELLA ROSA:









O site São Paulo Abandonada & Antiga - SPA - visitou Ricardo Della Rosa em seu museu particular e fez uma pequena entrevista que foi publicada em 27 de julho de 2.010:

SPA: Ricardo, quando você começou a montar este acervo?

Ricardo: Isso já tem alguns anos. Na verdade isso começou com a doação de acervo da minha própria família e, com o tempo, fui comprando uma peça aqui outra ali e quando eu vi já estava com uma grande coleção. Isso vai uns cinco ou seis anos.
SPA: E foi este acervo família que impulsionou você a começar?
Ricardo: Sim. Quando eu deparei com as fotografias de meus dois avôs fardados, armados eu olhei e pensei: Nossa Mãe do Céu! Até que um dia eu fui visitar uma tia que me mostrou um cartão postal enviado pelo meu avô para a minha avó que quase parou meu coração.
SPA: E quando começou esta ideia de apresentar este seu acervo na internet?
Ricardo: É recente. Começou em meados de fevereiro deste ano, portanto há quatro meses. Eu fui com meu sogro visitar uma espaço sobre 1932, a Galeria Jorge Mancini, e fiquei espantado como aquele local maravilhoso com um acervo muito bem disposto e conservado, era muito pouco visitado. Ao sair de lá, voltando de Metrô eu fiquei pensando: preciso fazer alguma coisa para mostrar tudo isso que tenho. Como eu trabalho com internet, decidi então montar um blog, Tudo Por São Paulo 1932, e fazer uso dele e das ferramentas sociais para divulgar a Revolução de 1932.
SPA: E o blog pegou ? Está dando resultado?
Ricardo: Está dando um ótimo resultado. Acesso diariamente as estatísticas de visitação do site e tenho notado um crescimento vertiginoso. Semana passada ultrapassamos 10 milpageviews com 5 mil visitantes únicos, com uma média de 200 a 300 visitas diárias. Para um blog que praticamente não tem divulgação, exceto através destas redes sociais (Twitter, Facebook) é um número bastante expressivo.
SPA: O que mais te motiva hoje: O prazer pela coleção ou o orgulho por sua família fazer parte desta história?
Ricardo: Acho que é um misto de dever – o que acho muito importante – com um extremo prazer que tenho em manipular essas peças, tirar fotografias. É também muito gratificante pesquisar, descobrir o ano das coisas, escrever sobre elas. Cito como exemplo um capacete aqui da minha coleção que um dia descobri nele uma estrela com o nome do seu usuário. Quando tirei a foto, ganhei o dia.
SPA: Qual foi a maior loucura que você já fez para poder incorporar algo novo em sua coleção?
Ricardo: Olha, a maior loucura que eu já fiz foi a base de troca. Eu tinha uma coleção muito bacana, que demorei para fazer, da Polícia Paulista, com muita coisa difícil de encontrar como capacetes da Força Pública. Até um dia que me apareceu uma farda de 1932 completa. E o vendedor, como todos fazem, simplesmente falam: Se você não comprar agora, eu vou oferecer para outra pessoa. Ai então tive que tomar uma decisão rápida, porém nada fácil. Liguei para outro amigo meu colecionador e disse: Hoje é seu dia de sorte, você ganhou na loteria. Venha até em casa para ficar com o material que você quer comprar. Ele veio rapidamente, comprou os capacetes e eu pude então adquirir a farda que tanto desejei.
SPA: De todo seu acervo, qual é sua peça favorita?
Ricardo: Obviamente são as coisas que eram dos meus avôs, que são extremamente especiais. Fora isso, que eu diria até estar fora de um ranking por ser familiar, eu creio que é a pintura de José Washt Rodrigues:
Este quadro para mim é fora de série pois ele tem dois significados: O cara que desenhou nosso brasão e que fez uma intervenção neste mesmo brasão – e só ele poderia fazer isso – e ainda fez no centro uma homenagem a um soldado (Clineu Braga de Magalhães, saiba mais clicando aqui) morto em combate durante a revolução.
SPA: Pra você, o que é o 9 de julho hoje?
Ricardo: Hoje, o 9 de julho é a data que todo paulista deveria parar e fazer uma avaliação do que ele faz em prol de sua comunidade, seu bairro, de sua cidade, enfim do Brasil. Uma data de reflexão. A história que eu mais gosto de 1932 não é nem a história bélica, mas sim a história de pessoas que juntas pensaram em um futuro melhor para o país. E eles fizeram isso! Tiraram aliança do dedo e colocaram numa caixa, pelo bem de São Paulo. É preciso acreditar muito num ideal para fazer algo desse gênero.
Conheça o excelente trabalho de Ricardo Della Rosa visitando o seu blog:

É MARAVILHOSO.

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