quinta-feira, 25 de julho de 2013

O FOGO NA ARTE DO BRASILEIRO LUIZ ANTÔNIO BRITO.






Os trabalhos acima são de Luiz Antônio Brito, ou simplesmente 'Brito', um brasileiro de Goiás. 
Teve câncer de laringe. Os médicos lhe  deram  seis meses de vida, mas Luiz venceu a batalha.
Usa uma laringe eletrônica para poder falar.
Foi numa dessas salas de espera em consultórios médicos, que ele folheou uma revista que reportava sobre pirogravura.
Comprou um pirógrafo e começou a fazer quadrinhos e a presentear seus amigos com esse trabalho.
Os amigos incentivaram Luiz a se profissionalizar e a desenvolver sua arte.
Aprendeu a usar a madeira certa, a não deixar sulcos, a controlar temperaturas, a sombrear, etc.
Passou a fazer exposições em duas Exposul, Francashopping, Palácio da Cultura de Goiás, Escarpas do Lago em Capitólio/MG...
Hoje, ele aconselha:
- Para aqueles que desejam começar nessa arte, recomendo que comprem um pirógrafo que tenha variações de temperatura, comprem um pedaço de madeira e experimentem as várias temperaturas e respeitem sempre o sentido certo do que está desenhando, também. Por exemplo: para pirografar um cabelo crespo, o movimento do pirógrafo tem de ser circular, enquanto que para fazer o cabelo liso terá que fazer riscos suaves e contínuos, mas essas coisas se descobrem praticando. Há técnicas de pirografia invertida onde não o desenho que é queimado, mas o que o cerca (espaço negativo). Acho que o segredo é experimentar e não se preocupar muito com o desenho em si. Eu me preocupo muito com os traços firmes e sem tremores. Quando traçar com a ponta do pirógrafo, tente fazer com firmeza e determinação e sem marcar a madeira, sem fazer sulcos, que ficam bons no artesanato, mas que ficam feios em trabalhos de arte. A coloração é feita sempre num só sentido e contrário ao sentido dos veios da madeira para o pirógrafo não afundar em algum sulco e queimar mais do que o necessário. A tonalidades se conseguem com a mudança de temperatura no pirógrafo. Quanto menor a temperatura, mais claros os traços e vice versa. Para limpar as marcas de calor que aparecem em torno dos riscos, eu uso borracha escolar branca. Assim como para tirar qualquer sujeira causada pelas mãos. Utilizo também um pano para correr as mãos sobre a madeira para que não molhe de suor e influencie na queima. A madeira úmida pega uma coloração na queima diferente de quando esta seca. Pelo mesmo motivo, procure sempre fazer as várias partes do desenho nas mesmas condições climáticas.' 
- entrevista a Lu Heringer -

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