domingo, 27 de setembro de 2015

"DERREPENTEMENTE"




Aqui, sim, 
dá gosto caminhar
e dançar pelos canteiros 
como uma pluma,
volatizar-se.
Pensar?
Para que fazê-lo?
Aqui,
a vida não passa em brancas nuvens
e nem precisa de amanhãs;
não cabe a dor,
não há má sorte,
a saudade ficou longe,
os dissabores da alma foram levados pelo passado
ao adentrarem neste portal.
Aqui, sim, 
neste Jardim de Tulipas
em terras de Holanda,
que bom sentar-se ao chão,
que bom pensar em ficar para sempre,
que bom morrer sem querer, 
derrepentemente...

- Luiza Válio -  


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