quinta-feira, 4 de agosto de 2016

CACHORRO? GATO? CALOPSITA? ANIMAL DE ESTIMAÇÃO - OU DE PERDIÇÃO - AGORA É OUTRO.

Brasil é o primeiro país da América Latina a receber o Pokémon Go. 
Depois de quase um mês do lançamento nos Estados Unidos, fenômeno chega ao Brasil
PAULA SOPRANA/ÉPOCA
O jogo de realidade aumentada Pokémon Go chega ao Brasil nesta quarta-feira (3), depois de quase um mês de espera e ansiedade
Com mais de 100 milhões de downloads no mundo e faturamento de US$ 10 milhões por dia, o jogo estreia no 29º país, o primeiro da América Latina e o primeiro subdesenvolvido.
O objetivo do jogo é caçar os personagens do desenho lançado nos anos 1990
De Pikachu a Vaporeon, os jogadores precisam sair às ruas para coletar suas criaturas e, depois, treiná-las para batalhas. Como funciona com a tecnologia de realidade aumentada, os pequenos monstros ficam sobrepostos à realidade na tela do celular. 
Eles podem estar nas residências – tanto dos jogadores como no quintal alheio –, em museus, parques e locais inóspitos (aquele morro longínquo da cidade pode abrigar um pokémon raro).
Assim que é liberado, o game vira febre. 
Foram muitos os casos bizarros, que colocaram autoridades de cidades em alerta: jogadores dirigem de maneira suspeita, pedestres atravessam as ruas desatentos, jovens batem na porta de vizinhos, pokémons aparecem em hospitais, em festas e até ao lado de defuntos. 
Em locais como O’Fallon, em Missouri, nos Estados Unidos, o jogo serviu de chamariz para assaltantes, que detectaram os locais com a grande presença de caçadores e assaltaram cerca de nove pessoas em poucos dias.
Essa dinâmica levantou a questão: como será no Brasil? A depender do local, o usuário sairá de casa com a atenção dividida entre procurar personagens e o que acontece a seu redor. 
Além disso, andará com o smartphone à mostra nas ruas. 
A caça de pokémons se estenderá para a Cracolândia, em São Paulo, e para as áreas mais violentas do Rio de Janeiro? 
Como utiliza a interface do Google Maps, áreas como favelas do Rio, que não estão mapeadas, podem ser excluídas do jogo, o que evidencia outro problema, o da segregação. 
Já bairros paulistanos considerados violentos, como Capão Redondo e Parelheiros, devem entrar no jogo.
Problemas como os vistos em países com menor criminalidade e trânsito mais organizado, como Estados Unidos e Austrália, podem ter uma versão brasileira, já que, entre os locais onde o jogo está disponível, o país é o mais violento. 
De acordo com pesquisa da PiniOn, 86% acreditam que o jogo vai expor as pessoas a perigos nas cidades brasileiras mais do que nas de outros países aonde o jogo já chegou.
A mesma pesquisa, porém, mostra que 45% dos entrevistados, que têm mais de 18 anos, se interessaram em baixar o aplicativo. 
Na página oficial do jogo, a Niantic diz estar emocionada por oficialmente lançar o Pokémon Go nas mãos dos fãs latino-americanos, dos visitantes e dos atletas da Olimpíada no Rio. “Como sempre, mantenham-se seguros, sejam agradáveis com seus colegas treinadores e continuem a explorar”, diz a página. De acordo com John Hanke, presidente executivo da Niantic, o Pokémon Go deve chegar a 200 mercados no total. 
________ Na minha opinião, não é um brinquedo para ser utilizado pelos brasileiros que sobrevivem num país dos mais violento do mundo; as ruas e as praças são comandadas por bandidos.

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