quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

NÃO DÁ PARA COMEÇAR

sem fazer uma oração à mulher, à mãe, à amiga, à ex-professora são-miguelense que foi sepultada ontem, na pacata cidade de São Miguel Arcanjo, cuja vida terminou de forma estupidamente trágica: encontrada estrangulada em sua própria casa localizada em frente ao Centro Comunitário, que dá fundo para o terreno, ora vazio e cheio de mato, onde será construído o novo prédio da Delegacia de Polícia.
Que Deus a tenha, Maria Lúcia, envolvida no seu manto protetor, que mais do que ninguém você não merecia isso.
Pacata cidade de São Miguel Arcanjo!
"Pacata" no dizer daqueles que daqui partiram para outras cidades em busca de um futuro melhor para si e para os seus filhos e que de longe sonham com os amigos e parentes que aqui permaneceram, relembrando pedaços da infância e da adolescência que já morreram há muito tempo.
" Pacata",  no pensamento dos que entravam o desenvolvimento do município, hoje à mercê de um falso turismo que não traz retorno algum, a não ser para aqueles que "lidam" com ele.  
É preciso apurar o caso.
E não apenas este caso.
Algumas mulheres já tiveram suas vidas ceifadas por aqui e ninguém se interessou em investigar. Ou, se estamos já vivendo num clima de temor, onde as pessoas temem denunciar o mal desde que ele brota, que é o que parece, então como estaremos daqui a dez, vinte anos?
Se não há progresso sem planos que englobam segurança, educação, cidadania, atenção à saúde, combate às drogas, respeito às leis vigentes e criação de novas leis direcionadas à comunidade visando melhor enfrentamento dos males que atingem a localidade como um todo, então, quando é que os homens da hora na "pacata" cidade vão começar a planificar e projetar seu futuro? 

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