Por ela caminhávamos, meus irmãos e eu, de lá para a cidade e da cidade de volta à casa onde morávamos, lá à frente, na curva à esquerda do caminho quando este se bifurca.
Quando éramos crianças, a estrada municipal passava em frente da sede do nosso sítio Bom Retiro, não havia esta bifurcação.
Insistentes pedidos feitos pelo meu pai fizeram com que a prefeitura local enfim fechasse esse trecho medindo dezenas de metros e abrisse a bifurcação que, no desenho, ficou parecendo um ponto de interrogação.
O motivo por que meu pai procedeu assim?
Naquela época, Fausto Ribas, marido de Adelina Prandini Ribas, era o administrador da Fazenda Atlântida, propriedade dos herdeiros do grande Dante Carraro.
Fausto dirigia como louco naquela estrada e, quando passava em frente a nossa casa, na então estrada velha, acabava matando aves e porquinhos que descuidadamente atravessavam a estrada e até assustando os bovinos que desembestavam para a invernada e ficavam lá tão ariscos que era difícil fazê-los voltar para o curral.
Hoje, tudo está irreconhecível.
Matagal. Abandono. Tal como se vê das fotos que o prefeito inseriu no facebook para dizer do tal projeto seu "Caminho da Roça" - ora, o caminho sempre existiu e então não pode ser seu, não é verdade?
Mas tudo bem da sua intenção de realizar melhorias nas estradas, porque, afinal de contas, bairros como o Turvinho, o Rincão, a Justinada e a Lavrinha poderiam ser melhorados para servir melhor de escoadouro dos produtos cultivados na zona rural, porém, muito mais o Turvinho que possui maiores atrativos ao município a supostos turistas que gostem de fuçar mato.
E seria mesmo uma coisa nossa, municipal, por que não?
O Bairro do Turvinho tem histórias; o Tenente Urias ali possuiu terras, parte delas compradas mais tarde pela empresa de força e luz que por sua vez vendeu uma parte para o Dante Carraro, mas nem sei se vale a pena resgatar esse tempo.
Ali foram construídas três represas que serviriam de turbinas da Empresa de Eletricidade Sul Paulista; o passeio, para quem gosta, eu já disse, é muito bom quando se chega ao local denominado Sumidouro. Dá para pescar, nadar e tirar umas belas fotos dos canais que se beijam no louco empenho de impulsionar as águas para o Rio do Turvo.
Do Sumidouro, pode-se atravessar o Ribeirão da Lavrinha e sair para o Bairro da Ferreirada, de onde, como diz o Orlando Pinheiro, para chegar ao Parque do Zizo, "é um tiro de canhão".
No caminho que vai do Sumidouro ao Parque Estadual Carlos Botelho, existe ali a Fazenda Santa Helena, onde o proprietário tem uma grande coleção de carros antigos.
Na reserva, bastante densa, tem cachoeira e uma outra fazenda, a São Bartolomeu, que fica ao pé da Serra Grande.
Neste local, há um mirante sensacional: quando não há neblina, dá até para avistar as cidades de Registro, de Juquiá, a Serra de Itatins, a BR-ll6, um pedaço da Jureia e a cabeceira do Rio Assungui com suas pedras que enfeitam a estrada de Tapiraí a Juquiá.
Mas alguma coisa não está batendo bem na cabeça do senhor prefeito de São Miguel Arcanjo que está mandando derrubar árvores e cercas para alargar a estrada do Turvinho, sem ao menos entrar em entendimento com os proprietários das terras.
Isso é crime, prefeito, ou o senhor não sabe disso?
É preciso entrar com um processo de desapropriação e INDENIZAR aos donos das referidas terras, por bem ou por mal.
Consulte seu assessor jurídico, senhor prefeito.
Fico aqui matutando: será que ele fez o mesmo com os proprietários do Bairro do Rincão?
Ô gente pacata!
Neste local, há um mirante sensacional: quando não há neblina, dá até para avistar as cidades de Registro, de Juquiá, a Serra de Itatins, a BR-ll6, um pedaço da Jureia e a cabeceira do Rio Assungui com suas pedras que enfeitam a estrada de Tapiraí a Juquiá.
Mas alguma coisa não está batendo bem na cabeça do senhor prefeito de São Miguel Arcanjo que está mandando derrubar árvores e cercas para alargar a estrada do Turvinho, sem ao menos entrar em entendimento com os proprietários das terras.
Isso é crime, prefeito, ou o senhor não sabe disso?
É preciso entrar com um processo de desapropriação e INDENIZAR aos donos das referidas terras, por bem ou por mal.
Consulte seu assessor jurídico, senhor prefeito.
Fico aqui matutando: será que ele fez o mesmo com os proprietários do Bairro do Rincão?
Ô gente pacata!
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