domingo, 16 de junho de 2013

DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE:


PxQUASE NOTURNO, EM VOZ BAIXA


Tuas mãos envelhecem
na prata fosca do silêncio.
O silêncio, pelo crepúsculo,
é um arminho
onde as mãos repousam com doçura.

Tuas mãos, no silêncio,
pelo crepúsculo, 
são mais finas e mais leves.

O silêncio, o doce silêncio, 
vestiu de cinza transparente
as tuas mãos, pelo crepúsculo.

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