quinta-feira, 31 de outubro de 2013

UMA NOTÍCIA DE ANGATUBA:

No ano de 2008 houve uma comemoração muito especial alusiva aos 120 anos da banda de música municipal Antônio Lisboa, de Angatuba. 
Aquele evento cultural entre tantos outros realizados até aquele ano foi exemplo de dedicação, zelo, e teve o intuito de que a cultura local fosse preservada desde as suas raízes. 
O próprio maestro da banda Antônio Salvador Basile, o Nenê Basile, como é conhecido, tem consciência plena de que todas aquelas realizações eram possibilitadas por uma administração que se preocupava com a cultura não por causa de dividendos políticos, mas sim pela motivação em tornar a cidade um símbolo cultural, além disso, propiciar ao cidadão possibilidades de ampliar o seu conhecimento sobre o que é realmente cultura e, consequentemente, de saborear as belas criações originadas de tudo aquilo que é a verdadeira arte. 
Se todo aquele movimento contou com o empenho da administração municipal, contou muito também com o idealismo daqueles funcionários que se dedicaram de corpo e alma para a boa evolução cultural. 
Nenê Basile, ciente de tudo aquilo que já foi feito pela cultura anos atrás, discorre neste breve contato com a imprensa sobre o mínimo que não foi, e nem está sendo feito, pela cultura local na administração do prefeito Carlos Augusto Turelli (PSDB), o Calá, iniciada em 2009.
Nenê, numa forma de desabafo, não atribui o seu depoimento ao fato de ter sido demitido pelo prefeito Calá após 16 anos de serviços prestados à prefeitura de Angatuba. 
Filho do ex-vice-prefeito Neco Basile, Nenê, falando sobre a atual administração a respeito do mínimo que não foi feito, lamentou, “com 16 anos de profissionalismo no setor da cultura de nosso município, decepcionado e triste, gostaria de dizer que nos últimos quatro anos o senhor prefeito prometeu, equivocadamente, aquilo que era sua obrigação. Ficou na dívida e não realizou”.
Nenê se referiu aos anúncios de investimentos no valor de R$ 4.045.996, 27, na cultura, pela gestão Calá, e questionados em requerimento pela ex-vereadora Abigail de Almeida Lisboa (PMDB).
“Como relacionar lógica em tais ´investimentos culturais´, sendo que nada se fez nem mesmo no prédio da nossa corporação musical”.
Nenê disse que no dia 19 de outubro de 2009 foi feita pela prefeitura uma relação de compromissos e investimentos para manter a qualidade dos projetos culturais. 
“Estavam compromissados nesta relação, reparo e pintura nas salas da banda, limpeza das salas, reforma e compra de investimentos, uniforme para os grupos musicais, reposições de cestas básicas, registro da banda, material para curso de violão, reunião com alunos do conservatório de Tatuí; novo projeto de ampliação, mais assistência para os monitores do curso de violão, flauta e coral e criação da escola de música. 
Nada disso foi realizado” , esclarece Nenê.
Concluindo, inquere Nenê, “ gostaria de entender esta questão, ´investimentos culturais´ no valor de R$ 4.045.996, 67, mal esclarecida. Esses compromissos que citei que não foram realizados não poderiam ser investimentos culturais? Qual unidade cultural de Angatuba que fez parte do processo de educação cultural, educando e revelando talentos a ponto de elevar o município não só em níveis municipais, mas no estadual, nacional e até internacional? Digo, a gestão de Calá na cultura investiu R$ 0,00, ou seja, nada. Está até em débito com o povo, pois foram tiradas viagens que havia para o Conservatório Musical de Tatuí, diminuíram os músicos por falta de apoio, diminuíram as bandas e sucessivamente os investimentos que já faziam parte do orçamento municipal que era respeitado nas gestões de 2008 para trás. É fácil falar em rumo certo quanto tudo está perdido, só existe o certo quando se chega a um destino de forma segura e sem prejuízos aos tripulantes”.
Transcrito do "Angatuba Notícias/2013"
pelo Air Antunes

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