Onde andas, Tapixi?
Em qual estrela te colocaram
para poderes rezar por nós, os pecadores?
Naquele tempo,
teus pés te levavam
para onde queria estar teu coração.
E agora?
Tua vida era a tua terra,
o chão que pisavas
deixando os desenhos das curvas dos teus pés.
E agora?
Qualquer toco de árvore era cama
para descansares o corpo
ou esconderes da tempestade.
E agora?
Onde andará o teu astral de criança
que gostava de água de poço
vertendo do solo fresquinha, fresquinha,
lá no sítio onde moravas
com o Carlos José da Silva,
no bairro Rio Acima?
E essa menininha ao colo,
ainda tu lembras dela, Tapixi?
Será que tuas vistas alcançaram
a moça que virou mulher
e foi conhecer outros ares,
a Flórida, os States?
Quantas meninas foram carregadas por ti,
ó Tapixi?
Talvez só esta.
Sorte para ela,
a Renata Cristina da Silva Góes Menino.
- Luiza Válio -
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