O ser humano é engraçado.
Faz de tudo para desperdiçar o tempo para que seu filho possa curtir a infância, período bom e importantíssimo da vida, claro, onde tem início a formação de sua personalidade para o resto da vida.
Isso é compreensível, pois, embora sejamos todos iguais, cada um de nós nasce com singularidades próprias, as quais deverão ser cultivadas ou combatidas no convívio com a família.
Isso é compreensível, pois, embora sejamos todos iguais, cada um de nós nasce com singularidades próprias, as quais deverão ser cultivadas ou combatidas no convívio com a família.
Depois que passa a infância, vem a puberdade e aí os pais acreditam que já podem deixar seu filho livre para procurar sozinho aquilo que lhe apraz, quer dizer, a partir de então, ele mesmo vai poder fazer seu tempo.
O que os pais e a sociedade não estão vislumbrando é que quanto mais houver desperdício de tempo nessa etapa da vida, mais difícil será tornar possível o retorno à realidade.
Nesse desperdício, o filho vai levando a VIDA, aprendendo sobre a VIDA apenas com "amigos" e "colegas" e "amigos de amigos" e "amigos de colegas". Vai crescendo junto deles e achando-se amado, querido, benquisto, convidado sempre a curtir e compartilhar dos mesmos gostos da troupe que adotou. Nesse embalo, vai comparando com a primeira troupe que conheceu na sua história: a sua família.
Começa então a participar de grupos que cultuam Guevara, músculos, seitas satânicas, Lenine, suicidas, Marx, demônios travestidos de anjos. E se veste de preto e veste a alma de preto e pinta de preto a moral da sociedade e joga piche nos muros e picha os bancos das praças e vai ficando bêbado em festas noturnas que bem podem acontecer dentro de cemitérios como em prédios em construção e vai amanhecer como alma penada vagando em ziguezagues num campo qualquer até encontrar o caminho de volta para casa.
A família em polvorosa, não entende mais nada, fecha-se em casa e se cala. Disseram para ela que a isso chama-se choque de gerações, conflito de gerações.
Bonito termo, não é mesmo?
Bonito termo, não é mesmo?
Mas não é nada disso!
É puro medo. Medo de ambas as partes. Do filho que se afasta para um mundo que desconhece e dos pais que esquecem que esse filho continua sendo seu e lhe devem mais tempo para ensiná-los, cultivando ou combatendo aquilo que foi aprendido junto dessas amizades.
Sabe-se hoje que os jovens atingem a puberdade alguns anos mais cedo do que as gerações passadas, mas que nem sempre o amadurecimento psicológico tem acompanhado o ritmo de crescimento, pois são presas fáceis da armadilha do tempo e dela não é muito fácil sair, não.
Mas, e vale apenas como comparativo, por que será que George Washington estava capacitado como supervisor com apenas dezessete anos? Por que será que Joana D`Arc comandou um exército com a mesma idade dele?
O que vemos é uma educação cada vez mais enfraquecida tomando um tempo enorme dos meninos.
Quando bem poderiam tornarem-se logo, logo úteis e felizes cidadãos, vem uma lei besta e acaba derrubando isso por terra. Uma lei que mantém crianças e adolescentes presos como escravos, postos à margem da sociedade, esnobados, passados para trás e ignorados, porque não admite que eles possam desenvolver-se através de um trabalho profícuo.
Ora, só o trabalho é capaz de evitar que se transformem em pessoas indolentes, desligadas, ociosas e viciadas.
Quando bem poderiam tornarem-se logo, logo úteis e felizes cidadãos, vem uma lei besta e acaba derrubando isso por terra. Uma lei que mantém crianças e adolescentes presos como escravos, postos à margem da sociedade, esnobados, passados para trás e ignorados, porque não admite que eles possam desenvolver-se através de um trabalho profícuo.
Ora, só o trabalho é capaz de evitar que se transformem em pessoas indolentes, desligadas, ociosas e viciadas.
Que mal há em capinar terrenos baldios?
Que mal há em tirar o lixo?
Que mal há em arrumar prateleiras?
Que mal há em desenvolver um dom mais cedo?
Que mal há em arrumar prateleiras?
Que mal há em desenvolver um dom mais cedo?
Que mal há em pintar paredes?
Que mal há em ser útil e remunerado por isso?
Se antes o trabalho era uma necessidade econômica, hoje é muito mais do que isso: é uma necessidade psicológica para os adolescentes que vivem à procura de um sentido de identidade e de importância para a sua vida.
Enquanto não se mexer a sociedade para bendizer o trabalho e jogar para fora do contesto as leis esdrúxulas, verá seus filhos cada vez mais cedo serem batizados pelo tráfico de drogas e por outros malefícios.
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