Para cada qual ela se apresenta de formas diversas, quer bela, ricamente perfumada, coberta por véus esplendorosos, tudo à mão quando bem quiser, numa existência plena de riquezas e de amigos que recolhem o que puderem levar para casa; ou quer triste e desamparada, sem nem ter o que tocar para dizer que é seu, num ambiente onde falta desde o mínimo para a sobrevivência e sem conhecer amigos ruidosos ou abraços cheirosos.
Ao final da estrada, muitos até conseguirão, porém, a maioria não saberá reconhecer se foi feliz um dia.
Um dia, lá na frente, chega a velhice afagando com brancas nuvens o que restou de tudo isso, mas ela faz parte da história de cada um e precisa também ser vivida plenamente, claro que dentro dos seus conformes.
Aí me vem à cabeça o vulto do Chanceler Konrad Adenauer. Uma vez ele foi atacado por uma gripe muito forte e já contava com mais de 80 anos de idade.
Seu médico particular olhou para ele demoradamente e disse:
- Eu não sou mágico, Adenauer. Não lhe posso devolver a mocidade.
- Mas eu não lhe estou pedindo isso. - replicou o político - Não quero voltar a ser jovem. Quero apenas continuar envelhecendo.
E o Chanceler só veio a falecer com 91 anos de idade, em 1967.
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