sexta-feira, 8 de maio de 2015

MORRER É UMA ARTE?!

"Morrer é uma arte, como tudo o mais. Que eu pratico surpreendentemente bem", um dia escreveu a poetisa e escritora norte-americana Sylvia Plath que no ano de 1.982, ganhou o Prêmio Pulitzer. 
Um fato inédito aconteceu nesse ano: foi a primeira vez que se premiou uma pessoa já morta; Sylvia havia falecido em 1.963. 
Nascida em 1.932, ficou órfã de pai aos oito anos. Até acreditou que se libertaria das correntes impostas pelo pai que a educou rigorosamente, mas os traumas permaneceram por toda a sua vida, foram pesados demais. 
Aos 
vinte anos publicou seu primeiro texto numa revista de Nova York. 
Meses depois, tentou o suicídio.
Em 
1.956 conheceu e casou-se com o laureado poeta inglês Ted Hughes, com quem teve um casal de filhos.
Em 1.960, lançou seu primeiro livro de poesias, "Colossus".
 
O relacionamento tempestuoso com o marido durou até 1962, quando ele a deixou para viver com outra mulher, Assia Wevill, supostamente grávida.
Em 1.963, escreveu a novela autobiográfica "The Bell Jar", sob o pseudônimo de Victoria Lucas.
Todavia, a depressão pelo abandono, o tormento da traição, o sentimento de incapacidade para levar a vida adiante cuidando das crianças ainda menores, foram num crescendo dentro dela e Sylvia decidiu desistir da vida. 
O dia escolhido foi a 11 de fevereiro de 1963. 
Nesse dia, fez alguns lanches e levou ao quarto dos filhos. Cuidadosamente, selou as frestas da porta e desceu para a cozinha onde também selou a porta; aí, abriu o forno, ligou o gás e colocou a cabeça dentro do forno, não sem antes ter escrito um bilhete ao seu terapeuta, Dr. Horder.
Seu espólio tornou-se domínio da ex-cunhada Olwyn, que ficou responsável pela divulgação dos trabalhos, dizendo proteger os sobrinhos e o irmão. 
Quis saber mais sobre a poetisa suicida e olha só o que aconteceu depois da sua morte:
A amante do marido: Assia Wevill não conseguiu suportar o comportamento do companheiro, que a considerava simples governanta da casa. Somado a isso, o fantasma de Sylvia que a vinha mortificando; tanto e tanto que no dia 23 de março de 1969 dissolveu pílulas para dormir em água, deu um pouco para sua filha com Ted, Alexandra, e tomou o resto. Tal como Sylvia, abriu o gás e deitou-se junto à filha de quatro anos para encontrarem-se com a morte.
O esposo traidor: Ted Hughes, o viúvo, ficou com o acervo literário da esposa e fez publicar "Ariel and Other Poems, em 1.965. 
Após a morte de Assia, em agosto de 1970, casou-se com a enfermeira Carol Orchard, com quem viveu até a sua morte. 
Em 1998, pouco antes de morrer, publicou "Birthday Letters", que é considerada a sua versão do suicídio de Sylvia Plath. 
............O filho de Sylvia e Ted Hughes, Nicholas Hughes, cometeu suicídio quarenta e seis anos depois de sua mãe ter se matado inalando gás. Quem noticiou a morte dele foi a irmã Frieda Hughes, que também é poetisa: 
contou ao jornal The Times que seu irmão Nicholas Hughes, 47 anos, se enforcara em sua casa no Alasca.
Fontes: O Suicidário!/ Alguns Poetas

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