Pianista capão-bonitense/destaque do Caderno 2 do Estadão
Do pé de pitanga do fundo de casa às mais importantes salas da música clássica mundial.
Esse é o pequeno resumo da ópera de Antônio Vaz Lemes, o pianista que passou sua infância e adolescência em Capão Bonito e ganhou notoriedade ao criar o primeiro álbum-aplicativo da música clássica nacional, o Sonata Brasileira.
A nova forma de ouvir e apreciar música clássica virou destaque de capa da edição do último dia 30 de março do Caderno 2 do jornal O Estado de São Paulo (Estadão) - um dos principais cadernos culturais da imprensa brasileira.
O álbum-aplicativo criado por Lemes traz, além das canções, áudios com análises dos compositores e outros músicos; partitura; fotos; e texto do compositor e professor Leonardo Martinelli.
Antônio Vaz Lemes uniu no Sonata Brasileira, erudição e tecnologia na música clássica. "A internet tem muita força e, por isso, criamos esse novo caminho para a música clássica".
Mesmo sendo um protagonista da arte erudita, o pianista respeita os demais gêneros musicais, mas aponta algumas diferenças: "A música clássica é mais complexa. É difícil perceber o refrão como nas músicas mais populares", explicou.
O aplicativo já está disponível no mercado para downloads.
Até o momento, somente os aparelhos com o sistema iOS - da Apple - estão aptos para baixar o Sonata Brasileira, mas a partir do dia 25 deste mês, quem tiver um smartphone ou tablet com sistema Android, também terá a oportunidade de apreciar peças musicais de Camargo Guarnieri, Villani Côrtes, André Mehmari e Marcelo Amazonas.
"Não importa a época em que vivemos, o interesse das pessoas pelo belo persiste. A questão é que o acesso à música é diferente. Trabalho com jovens e adolescentes, e o que percebo é que a música chega a eles pela internet, pelo celular, e por isso, tem que estar disponível em três ou quatro cliques", falou Lemes.
Antônio Vaz Lemes uniu no Sonata Brasileira, erudição e tecnologia na música clássica. "A internet tem muita força e, por isso, criamos esse novo caminho para a música clássica".
Mesmo sendo um protagonista da arte erudita, o pianista respeita os demais gêneros musicais, mas aponta algumas diferenças: "A música clássica é mais complexa. É difícil perceber o refrão como nas músicas mais populares", explicou.
O aplicativo já está disponível no mercado para downloads.
Até o momento, somente os aparelhos com o sistema iOS - da Apple - estão aptos para baixar o Sonata Brasileira, mas a partir do dia 25 deste mês, quem tiver um smartphone ou tablet com sistema Android, também terá a oportunidade de apreciar peças musicais de Camargo Guarnieri, Villani Côrtes, André Mehmari e Marcelo Amazonas.
"Não importa a época em que vivemos, o interesse das pessoas pelo belo persiste. A questão é que o acesso à música é diferente. Trabalho com jovens e adolescentes, e o que percebo é que a música chega a eles pela internet, pelo celular, e por isso, tem que estar disponível em três ou quatro cliques", falou Lemes.
Ele também acrescenta: "Hoje, dificilmente um jovem sai de casa para comprar um CD. A internet deixou tudo mais fácil".
Antônio Lemes cita também a participação e o apoio que recebeu de outro capão-bonitense na formatação do aplicativo Sonata Brasileira.
Antônio Lemes cita também a participação e o apoio que recebeu de outro capão-bonitense na formatação do aplicativo Sonata Brasileira.
Segundo ele, Olavo Chagas - filho do professor Juraci B. Chagas - o incentivou e indicou os profissionais de tecnologia para transformar a ideia num produto final.
Em 2013, Vaz Lemes e mais sete pianistas participaram de outro projeto digital, denominado Tribos.
Em 2013, Vaz Lemes e mais sete pianistas participaram de outro projeto digital, denominado Tribos.
A equipe gravou diversos clipes em ambientes inusitados e populares para grandes peças do repertório clássico. Todos os vídeos estão disponíveis no YouTube.
A influência gameleira
Apesar de ter nascido em São Paulo, Antônio Vaz Lemes passou sua infância e adolescência em Capão Bonito. E foi no ambiente gameleiro que recebeu suas primeiras influências que o encaminharam para a arte.
Diz ele que tem DNA artístico, herdado de seu avô materno e violinista Benedito Vaz, e de sua mãe, Maria Celeste Vaz de Oliveira, regente do extinto coral Flor do Panema, que carregava junto à música, o nome de Capão Bonito por onde se apresentava.
Vaz Lemes fala com orgulho e emoção do período que viveu em Capão Bonito. Estudou na escola Raul Venturelli e na escola Vale Encantado, onde, segundo ele, foi outra fonte inspiradora para a arte.
A influência gameleira
Apesar de ter nascido em São Paulo, Antônio Vaz Lemes passou sua infância e adolescência em Capão Bonito. E foi no ambiente gameleiro que recebeu suas primeiras influências que o encaminharam para a arte.
Diz ele que tem DNA artístico, herdado de seu avô materno e violinista Benedito Vaz, e de sua mãe, Maria Celeste Vaz de Oliveira, regente do extinto coral Flor do Panema, que carregava junto à música, o nome de Capão Bonito por onde se apresentava.
Vaz Lemes fala com orgulho e emoção do período que viveu em Capão Bonito. Estudou na escola Raul Venturelli e na escola Vale Encantado, onde, segundo ele, foi outra fonte inspiradora para a arte.
"Estudei num ambiente muito ligado à natureza, ao emocional. A escola Vale Encantado foi também importante para a minha formação artística", relata.
Seus primeiros toques no piano foram em Capão Bonito, onde foi aprendiz das professoras Luiza Blóes e Magda Ribeiro.
Seus primeiros toques no piano foram em Capão Bonito, onde foi aprendiz das professoras Luiza Blóes e Magda Ribeiro.
Aos 9 anos despontou de vez ao ingressar no curso de piano no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos de Tatuí.
Adotou o piano e a música clássica como instrumentos profissionais e buscou novos aperfeiçoamentos para o seu dom.
Aos 16 anos, encarou a complexa vida na capital paulista para se tornar bacharel e mestre em Performance de Piano pela Unesp.
Com muita determinação e dedicação foi conquistando o seu espaço num mundo concorrido e até mesmo pouco valorizado: a música clássica. A cada apresentação, ganhava reputação e novos admiradores.
Seu primeiro grande trabalho veio com a gravação de um disco num dueto com o cantor Edson Cordeiro (piano e voz).
Adotou o piano e a música clássica como instrumentos profissionais e buscou novos aperfeiçoamentos para o seu dom.
Aos 16 anos, encarou a complexa vida na capital paulista para se tornar bacharel e mestre em Performance de Piano pela Unesp.
Com muita determinação e dedicação foi conquistando o seu espaço num mundo concorrido e até mesmo pouco valorizado: a música clássica. A cada apresentação, ganhava reputação e novos admiradores.
Seu primeiro grande trabalho veio com a gravação de um disco num dueto com o cantor Edson Cordeiro (piano e voz).
Apesar da vida relacionada ao mundo erudito, Antônio Vaz Lemes sempre manteve vivas suas raízes com Capão Bonito.
Faz questão de passar o Natal na casa dos pais, Maria Celeste e Antônio Carlos, e sempre se recorda dos bons momentos de infância como as belas e reflexivas tardes em cima de um pé de pitanga e das brincadeiras na casa de sua avó Maria Benedita Vaz (Chiquinha).
Todavia, com a legitimidade de um gameleiro, lamenta profundamente a decadência cultural da cidade e o fim do Fima (Festival Intermunicipal da Música Amadora).
"Fico triste em saber que a cidade vem perdendo muito no setor cultural. O Fima chacoalhava Capão Bonito e revelava novos artistas, por isso, faço essa pergunta: Por que deixaram morrer o Fima?"
Faz questão de passar o Natal na casa dos pais, Maria Celeste e Antônio Carlos, e sempre se recorda dos bons momentos de infância como as belas e reflexivas tardes em cima de um pé de pitanga e das brincadeiras na casa de sua avó Maria Benedita Vaz (Chiquinha).
Todavia, com a legitimidade de um gameleiro, lamenta profundamente a decadência cultural da cidade e o fim do Fima (Festival Intermunicipal da Música Amadora).
"Fico triste em saber que a cidade vem perdendo muito no setor cultural. O Fima chacoalhava Capão Bonito e revelava novos artistas, por isso, faço essa pergunta: Por que deixaram morrer o Fima?"
Transcrito do jornal O Expresso, de Capão Bonito
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