"A LENDA DAS ROSAS"
Segundo uma lenda antiga,
Maria com São José
Fugindo de gente inimiga
Transpôs caminhos a pé.
E à proporção que Maria
Deixava o rasto no chão,
Todo o caminho floria
De rosas em profusão.
Pelos trilhos e barrancas
Das estradas viu-se em breve
O estendal de rosas brancas
Tudo enfeitando de neve.
De um branco suave e doce,
As rosas, nenhuma havia
Pela terra que não fosse
Da cor dos pés de Maria.
Depois de tempos volvidos,
Ao peso da imensa cruz,
Pelos caminhos floridos
Um homem passou: JESUS.
E sobre o estendal de flores,
Do seu corpo o sangue vai
Caindo, e Ele entre mil dores,
Nem geme nem solta um ai.
Passou e, pelas barrancas,
Sob as asas das abelhas,
Dos topos das rosas brancas
Brotaram rosas vermelhas.
Só duas cores havia
De rosas, que aqui registro:
A cor dos pés de Maria
E a cor das chagas de CRISTO.
Maria com São José
Fugindo de gente inimiga
Transpôs caminhos a pé.
E à proporção que Maria
Deixava o rasto no chão,
Todo o caminho floria
De rosas em profusão.
Pelos trilhos e barrancas
Das estradas viu-se em breve
O estendal de rosas brancas
Tudo enfeitando de neve.
De um branco suave e doce,
As rosas, nenhuma havia
Pela terra que não fosse
Da cor dos pés de Maria.
Depois de tempos volvidos,
Ao peso da imensa cruz,
Pelos caminhos floridos
Um homem passou: JESUS.
E sobre o estendal de flores,
Do seu corpo o sangue vai
Caindo, e Ele entre mil dores,
Nem geme nem solta um ai.
Passou e, pelas barrancas,
Sob as asas das abelhas,
Dos topos das rosas brancas
Brotaram rosas vermelhas.
Só duas cores havia
De rosas, que aqui registro:
A cor dos pés de Maria
E a cor das chagas de CRISTO.
AUTOR: Antonio D’Ávila (1903-1989).
Nasceu em Jaú e diplomou-se pela Escola Normal de São Paulo em 1920.
Produziu livros didáticos para o antigo curso primário e para a formação de professores.
Atuando em diversas entidades culturais e educacionais, escreveu inúmeros artigos em jornais e revistas.
A poesia eu aprendi com minha mãe; foi-lhe passada na escola.
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