quarta-feira, 11 de novembro de 2015

DO BLOG DO JEFFERSON:

"O estado somos nós"
Em evento do qual participou na Colômbia (não é uma palestra paga pela Odebrecht), o ex-presidente Lula disse que "sente um cheiro de retrocesso político na América Latina". 
E como sói acontecer, recomendou à plateia que não acreditasse "nas bobagens da imprensa". 
Lula não quer concorrência, prefere que a plateia preste atenção apenas nas bobagens que ele diz. 
E sobre o comentário do ex-presidente a respeito do "retrocesso na política", certamente que ele tem plena certeza de que Dilma é o progresso, de que Maduro é o progresso, que Cristina é o progresso, isso sem falar nele próprio, Lula, o "maior líder mundial". 
Deus, tenha piedade de nós.
 
Aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei
Visando o movimento dos caminhoneiros, Dilma editou MP que prevê multa de R$ 19.154 para quem organizar bloqueios nas estradas; se houver reincidência, valor dobra (R$ 38.308). 
Além disso, o infrator ficará proibido de por dez anos ter aprovado crédito pra comprar veículo. 
Por esse raciocínio, quando sem-teto, movimentos sindicais e sem-terra - isto é, o "exército do Stédile" - bloquearem avenidas e ruas (e até estradas) serão apenados com as mesmas multas, certo? 
Errado. 
Nos governos petistas, o que vale pros amigos não vale para os inimigos.

Tentativa de descriminalizar os movimentos
Está na pauta de hoje da Câmara dos Deputados o projeto de lei 2016/15, que tipifica o crime de terrorismo, e que prevê pena de reclusão de 16 a 24 anos em regime fechado para quem praticar o ato. 
O projeto foi aprovado recentemente pelo Senado, que fez alterações no texto original, fazendo a proposição retornar à Câmara. Entre outras mudanças, os senadores retiraram do texto a exclusão do conceito de crime de terrorismo para a conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional. 
Este item em especial desagradou o PT, que diz que a legislação permitirá às forças policiais que "criminalizem os movimentos sociais". Por conta disso, a votação do projeto deve gerar polêmica e muito bate-boca no Plenário. 
Por trás do argumento do PT contra a tal "criminalização" está a tentativa de se garantir, em lei, a impunidade para os que destroem prédios e instalações públicas, os que invadem órgãos de governo, os que bloqueiam estradas e avenidas, queimam bandeiras e etc. 
Como dissemos acima, para os companheiros, tudo, aos adversários, os rigores da lei. 
11/11/2015

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