Mesmo havendo eleições de dois em dois anos e com a possibilidade de jovens de 16 e 17 anos de idade participarem, não observamos uma renovação da mentalidade política no país, tanto entre os jovens eleitores como entre seus pais.
Isso pôde ser observado no último fim de semana, quando um grupo de jovens "revolucionários" conseguiu impedir, através da ocupação de escolas onde seriam aplicadas as provas, que outros jovens pudessem fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas datas previamente estabelecidas juntamente com milhões deles em todo o Brasil.
Não era uma manifestação relacionada com o Enem, mas de cunho totalmente político, pois era contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que trata da contenção de gastos públicos e a Reforma do Ensino baixada recentemente pelo presidente Michel Temer. Para tornar a ação dos ocupantes, com o agravante de serem estimulados por partidos políticos de esquerda, sindicatos, professores e até pelo Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST).
O Ministério da Educação (MEC) também errou, só comunicando as datas das novas provas quase em cima da hora.
O Ministério da Educação (MEC) também errou, só comunicando as datas das novas provas quase em cima da hora.
As ocupações aconteceram em 21 estados e mais no Distrito Federal.
Vale destacar que a reforma do ensino já era discutida no governo da ex-presidente Dilma, mas ninguém invadiu escolas por esse motivo.
Acrescente-se que não é verdade que a PEC 241 vai tirar dinheiro da Educação. Ela foi elaborada exatamente porque o setor é um verdadeiro caos.
Não fosse assim, não existiriam tantas escolas sem teto e sem piso, sem merenda escolar e sem banheiros e sem papel higiênico onde eles existam.
Todo cidadão tem o direito de protestar, desde que não cause prejuízos a quem quer que seja, como garante nossa Constituição. As escolas, principalmente as públicas, são propriedades do povo, e uma minoria não pode impedir o acesso de quem nelas for participar de alguma atividade previamente programada.
Todo cidadão tem o direito de protestar, desde que não cause prejuízos a quem quer que seja, como garante nossa Constituição. As escolas, principalmente as públicas, são propriedades do povo, e uma minoria não pode impedir o acesso de quem nelas for participar de alguma atividade previamente programada.
Os protestos, por mais absurdos que sejam, poderiam ser feitos, desde que não impedissem a realização das provas provocando seu adiamento.
Cadê os pais destes jovens invasores?
O correto é que fossem onde seus filhos estavam e os mandasse para casa.
Se não houver tomadas de providências e atitude enérgica dos pais, as ocupações poderão voltar a acontecer nas provas remarcadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário