domingo, 7 de janeiro de 2018

ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA: VEREADOR ADAUTO MARMITA, O" PANCADÃO" DE RIBEIRÃO PRETO
















MP 
pede investigação contra vereador de Ribeirão Preto por suspeita de organizar 'pancadões' no Natal e Réveillon.
Bailes funk no meio da rua terminaram em confronto com a PM, que apreendeu motos roubadas. 
Adauto Marmita (PR) diz que apenas solicitou interdição da via, a pedido de morador.
Jornal da EPTV 2ª edição

O Ministério Público quer que o vereador de Ribeirão Preto (SP) Adauto Marmita (PR) seja investigado por suspeita de envolvimento em bailes funk que terminaram em confronto com a Polícia Militar, no Natal e no Réveillon, no Parque Ribeirão.
Em nota, o parlamentar nega a acusação, afirmando que apenas enviou o ofício de um morador à Prefeitura, solicitando o fechamento de uma rua para as festas.
Em ofício encaminhado à Delegacia Seccional de Ribeirão, o promotor Wanderley Trindade pede a abertura de inquérito por suspeita de crime de desobediência e associação criminosa, uma vez que o vereador teria se apresentado com organizador do “pancadão”.
Na noite de 31 de dezembro, Marmita foi filmado pela PM no local onde ocorreu a festa tentando evitar a apreensão de freezers. No vídeo, o vereador questiona os policiais sobre a possibilidade de deixarem as bebidas, mediante apresentação da nota fiscal de compra.
O tenente da PM Francisco Wohnrath disse que as equipes estiveram na Rua Floriano Leite por duas vezes nessa data, orientando que o evento não poderia ocorrer porque não havia autorização da Prefeitura e da Transerp para interdição da via pública.
Um relatório da PM que aponta a presença de criminosos armados no local, consumo de bebida alcoólica por menores de idade e apreensão de motos e um carro roubados também serviu de base para o pedido de abertura de inquérito.

Quebra de decoro
O promotor também protocolou um ofício na Câmara Municipal, pedindo a “instauração de procedimento disciplinar para averiguar quebra de decoro”, alegando que Marmita tentou obter autorização para fechar a rua no Parque Ribeirão Preto.
Ao Jornal da EPTV, Trindade afirmou que as investigações começaram depois que a Prefeitura confirmou ter alertado o vereador de que os “pancadões” não tinham permissão para acontecer.
A Câmara informou que o pedido do MP já foi enviado ao departamento jurídico e vai ser analisado pelos vereadores na volta do recesso parlamentar, em fevereiro. 
O documento deve ser encaminhado ao Conselho de Ética do Legislativo.

Freezers apreendidos após confusão em baile funk em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV)

Defesa
Em nota, o vereador negou ser o organizador dos bailes funk, alegando que apenas enviou o oficio de um morador à Prefeitura, solicitando o fechamento da Rua João Dias de Arruda, entre as ruas Júlio Ribeiro e Cruz e Souza, até às 22h, para festas de Natal e Réveillon.
“Outro fato que merece destaque é que a nota fiscal de compra e venda das bebidas apreendidas não está em nome do vereador. O vereador foi chamado pelos organizadores do outro evento para verificar se havia autorização encaminhada à Transerp, o qual de pronto informou que para aquele local não havia”, diz o comunicado.
Marmita explicou ainda que, após a apreensão das bebidas, não participou do evento e orientou os moradores – conforme determinação da PM – a resgatarem as mercadorias em 2 de janeiro, mediante pagamento de multa.
“A festa de Réveillon naquele endereço acontece independente da ação do vereador, sendo que este nunca participou do evento, nem mesmo o organizou, e vinha ocorrendo há mais de 20 anos, conforme relatos de moradores do Parque Ribeirão”, diz a nota.
Por fim, o parlamentar afirmou que ainda não tomou ciência dos pedidos de investigação contra ele, protocolados pelo MP.

G1.

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