terça-feira, 19 de maio de 2015

VAMOS ANDAR...

ANDAR É ISTO...

Ando, porque andar não são só passos,
em delicada precisão, um sobre o outro,
mas andar é todo o movimento que conheço;
curva brilhante de vagas ao longo da praia batida de sol,
leve ruge-ruge de argênteas folhas de álamo;
as longas, lentas ondulações do grão maduro,
sacudido pelo vento;
e, no quieto crepúsculo, o canto que cai
em esguias cadências de chuva.
Andar é isto: não é só erguer os pés,
mas, oh! 
erguer o coração onde quer que rompa
a maré do movimento,
tomar a batida, o pulso, o ritmo.
Embora o corpo doa, em amarga frustração,
todos os sentidos vibram.
Andar é isto: estando parada, tão parada...

Helen Frazee-Bower, a autora desses versos, foi atropelada por um automóvel em 1955 e ficou paralítica dos ombros para baixo.
Por isso, faça tudo antes de qualquer coisa irreversível lhe acontecer!

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