CARVALHO PINTO

Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto nasceu em São Paulo no dia 15 de março de 1.910.

Era filho dos "Virgílios", quer dizer, de Virgílio de Carvalho Pinto e Virgília Rodrigues Alves Carvalho Pinto.

Formou-se em Direito em 

1.931 e já no ano seguinte integrou o setor de História e Sociologia da Sociedade de Estudos Políticos, fundada por Plínio Salgado para aprofundamento da doutrina integralista. 

Durante o Estado Novo, foi assessor jurídico da prefeitura de São Paulo, sob a administração de Francisco Prestes Maia, e até 1.947. Seis anos depois, foi 

nomeado para a Secretaria de Finanças da prefeitura paulistana, sob o governo de Jânio Quadros. 

Quando Jânio tornou-se Governador, Carvalho Pinto eleva-se a Secretário Estadual de Finanças. 

No ano de 1.958 - e a publicidade acima, do meu acervo, é dessa época - sucedeu Jânio no Executivo estadual, com o apoio daquele, claro.

Quando Governador de São Paulo, sancionou uma lei criando uma Escola de Iniciação Agrícola em São Miguel Arcanjo, que ninguém nunca viu acontecer; essa nota está impressa no jornal O Estado de São Paulo do dia 03.01.1.962.

A amizade com Jânio continuou, e ele apoiou a candidatura deste para a Presidência, vitoriosa em 1.960.

Com a renúncia de Jânio, em agosto de 1.961, houve grave crise política agravada pelo veto dos ministros militares à posse do vice-presidente João Goulart.

Juntamente com outros governadores, Carvalho Pinto empenhou-se na busca de uma solução capaz de preservar a ordem constitucional, apresentada pela aprovação da Emenda Constitucional nº 4, que instituía o regime parlamentarista no Brasil.

Carvalho Pinto deixou o governo paulista em fevereiro de 1.963, passando à condição de Ministro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, mas foi convidado por João Goulart para o Ministério da 

Fazenda. 

Ficou no cargo até dezembro de 1.963, quando então pediu demissão, porque o caos estava tomando conta das altas esferas do poder.

Em 31 de março de 1.964, apoiou o golpe militar que derrubou Goulart. Com a edição do Ato Institucional nº 2, que extinguiu os partidos políticos, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido governista pelo qual elegeu-se senador por São Paulo, em 1.966.

São Miguel Arcanjo lhe deu 1.760 votos.

Carvalho Pinto morreu em São Paulo no dia 21 de julho de 1.987.

Era casado com Iolanda Amaral de Carvalho Pinto, com quem teve três filhos.

Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001