terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

COGITANDO:


Viver é coisa divina.
Vir ao mundo é o maior espetáculo da natureza.
Quando vimos, não trazemos nada, porque também não fomos feitos para transportar nada deste reino no momento em que voltarmos para os braços da Mãe Terra.
Uma vez aportando aqui, adquirimos uma série de ensinamentos e conscientizações.
Aprendemos a amar a nós mesmos e a outras pessoas; a fazer o bem que nos faz tanto bem!; a  ouvir as experiências dos mais velhos e a caminharmos a partir delas ao encontro da nossa própria felicidade.
Das brincadeiras infantis, dos estudos e diplomas, partimos para a seriedade da vida, conjugando verbos cada vez mais extensos e fecundos.
Dos sonhos para as ações são apenas passos e nos vemos às voltas com uma família, formando nosso próprio lar, para termos responsabilidades cada vez maiores e crescermos aos nossos olhos e aos olhos da sociedade na qual nos inserimos.
Estando o alicerce completo, o passo a seguir é viver a rotina da vida, sustentando os altos e baixos que ela nos apresenta, sem jamais esquecer que podemos ser sempre melhores hoje do que fomos ontem.
Conhecemos os "espinhos" na lide com os filhos e aprendemos a glorificar nossos pais por terem lutado contra nossas rebeldias, nossas revelias, nossos comparativos, e terem "perdido" tanto tempo conosco, tempo que foi sempre precioso demais.  
Os antigos sonhos morrem para dar lugar a outros que não são mais nossos, mas dos quais temos de participar para ajudar a completar o ciclo da vida, o círculo que sonhamos construir e manter.
E, lá um dia, a caminho do trabalho (ou já no local de trabalho), ou pelo caminho de volta para casa (ou já dentro do lar), surge um monstro portando a espada de um anjo decaído qualquer e nos surpreende, e nos faz cordeiro, e nos devora a alma, e nos arranca o espírito e nos arremete de volta, antecipadamente, aos braços da Mãe Terra, numa afronta terrível Àquele que teria o privilégio do comando supremo da máquina do tempo de vida e de morte de cada um de nós.
Que Deus se apiade dos mortos que retornam antes do ciclo e das famílias que permanecem num planeta onde o amor já não tem o mesmo significado de quando foi ensinado por Cristo, seu Filho, há mais de dois mil anos. 

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