Amo o vento da noite sussurrante
a tremer nos pinheiros,
e a cantiga do pobre caminhante
no rancho dos tropeiros.
E os monótonos sons de uma viola
no tardio verão,
e a estrada que além se desenrola
no véu da escuridão.
A restinga de areia, onde rebenta
o oceano a bramir,
onde a lua, na praia macilenta,
vem pálida luzir.
E a névoa e as flores e o doce ar cheiroso
do amanhecer na serra,
e a cor azul e o manto nebuloso
do céu de minha terra.
Álvares de Azevedo.
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