Num momento em que a segurança é tema que incomoda as cidades, os Estados e todo o país, as ações precisam ser mais rápidas e objetivas.
No Estado de São Paulo, os debates em torno do assunto remetem, no curto prazo, a soluções como aumento do efetivo policial, melhoria de salários e condições de trabalho de quem deve zelar pela nossa segurança, iluminação de ruas e praças. No horizonte mais longo, voltam à cena a questão do emprego e a educação de crianças e jovens.
Queremos chamar atenção para algo que preocupa o mundo inteiro: a cultura da violência, disseminada a partir do tipo de lazer ofertado às crianças, desde a mais tenra idade.
Estamos falando das armas de brinquedo ou toda sorte de jogos digitais que estimulam a briga e o uso de ferramentas bélicas.
Não se trata, como alguns possam imaginar, de uma operação com o objetivo de desarmar menores de idade que usam armas de fogo para assaltar, sequestrar, ameaçar, traficar drogas ou matar.
Nesse caso, o objetivo é incentivar crianças a entregar armas de brinquedo, copiando as campanhas de gente grande que entrega armas de fogo verdadeiras na esperança de contribuir com a segurança pública.
É importante lembrar que o Estatuto do Desarmamento já proíbe a fabricação e venda de réplicas de armas, uma vez que elas podem ser utilizadas em assaltos e toda espécie de crime.
A questão maior, avaliada por parlamentares, pais, educadores e psicólogos é a seguinte: até que ponto crianças com armas de brinquedo podem realmente ser induzidas, no futuro, a atos violentos?
O assunto já foi alvo de discussões e polêmicas na Câmara Municipal de São Paulo.
No Congresso Nacional existe uma proposta que visa alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente, estendendo a proibição ao comércio das chamadas “arminhas de brinquedo”.
De nossa parte, não temos dúvida que a questão da segurança é complexa e exige soluções com visões estratégicas.
Além do combate ao crime de maneira inteligente e com estrutura tecnológica e humana, é preciso eliminar o ovo da serpente da violência, que pode começar a tomar forma, justamente dentro das residências, no ambiente familiar. E com uma pequena réplica do objeto real usado para intimidar e matar pessoas.
José Américo,
Presidente da Câmara Municipal de São Paulo.
OBS: José Américo prioriza em seu mandato a defesa dos direitos fundamentais do povo paulistano, além da expansão do ensino profissionalizante para a juventude, projetos de habitação popular, defesa da micro e pequena empresa e urbanização dos bairros mais carentes.
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