A democracia começa em casa.
Antes de proferirmos honestamente a palavra democracia, cumpre-nos adquirir uma compreensão mais profunda da esperança imortal que lhe inspirou a origem, e do dever inadiável que temos de preservá-la.
O verdadeiro eixo em torno do qual deve girar a nossa vida democrática é a noção de que cada indivíduo constitui uma unidade da democracia, unidade tão importante e tão séria, que só se poderá dizer que a democracia está operando, quando cada membro da coletividade contribuir individualmente para que ela opere.
A democracia será tanto mais operante quanto maior for a nossa disposição para ver, nos outros, seres humanos como nós, para identificar o nosso próximo e saber-lhe o nome.
O problema de fazer a democracia operar em nossa vida diária não é simples.
A menos que nos esforcemos, corremos o risco de perder a própria essência daquilo por que estamos lutando nos mais remotos recantos do globo.
Só teremos verdadeira democracia quando nos unirmos dentro desse espírito de igualdade indivisível, em que não haja um só homem ignorado, perdido na multidão, ou considerado inferior ao seu semelhante.
O verdadeiro primado da democracia só poderá ser proclamado quando a dignidade humana for reconhecida, e todos praticarem a igualdade no trato com o próximo.
Do artigo A Democracia Começa em Casa, de Dorothy Walwort, no Reader`s Digest/ julho de 1943.
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