sábado, 23 de agosto de 2014

NÃO ERA SÓ GARCIA MÁRQUEZ QUE AMAVA AS FLORES AMARELAS


Logo, logo, o pé de ipê amarelo que existe no meu quintal - foi plantado pela minha saudosa mãe - vai estar todo dourado. Amo as coisas e flores amarelas.
O Aroma da GoiabaIsso me faz lembrar o diálogo que aconteceu no início dos anos 80 entre o grande escritor Gabriel Garcia Márquez e o jornalista Plinio Apuleyo Mendoza, e por este condensado no volume O Aroma da Goiaba.
Uma das percepções do jornalista foram as flores amarelas que enfeitavam a casa do escritor.
Veja o trecho de uma conversa entre eles:

- Há sempre flores amarelas em tua casa. Que significado tem?


- Enquanto houver flores amarelas nada de mau me pode acontecer. Para me sentir seguro, tenho de ter flores amarelas (de preferência, rosas amarelas) ou estar rodeado de mulheres.

- A Mercedes põe sempre uma rosa na tua secretária.

- Sempre. Aconteceu-me muitas vezes estar a trabalhar sem resultado: não sai nada, rasgo uma folha de papel atrás da outra. Então volto a olhar para a jarra e descubro a causa: a rosa não está lá. Dou um grito, tragam-me a flor, e tudo começa a correr bem.

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