A publicidade acima é da década de 40.
O Repórter Esso foi criado nos Estados Unidos no ano de 1935 e se expandiu para a América Latina, principalmente como estratégia neutralizadora da influência que a Rádio de Berlim exercia sobre a região.
Constituiu-se na maior rede radiofônica do mundo, englobando 14 países.
No Brasil, teve início apenas em agosto de 1941, sob o comando da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, que recebia notícias vindas pelo telégrafo da Agência Nacional e da United Press International.
Quem patrocinava o programa era a Standard Oil Company of Brazil, a Esso, e o noticiário entrava no ar em horários definidos: 8h, 12h55, 18h30, 20h25 e 22h05.
Só durava 5 minutos.
A credibilidade era tanta que a maior decepção dos ouvintes foi quando a Rádio Tupi noticiou o término da Segunda Guerra. Em protesto, se aglomeraram de frente à sede do jornal.
Na verdade, a Rádio Tupi se antecipara erroneamente ao veicular a informação, e depois de oito dias, em edição extraordinária, o Repórter Esso noticiou o fim definitivo da Segunda Guerra Mundial.
A censura militar, o advento da TV e o desmembramento das emissoras AM e FM, contribuíram para a decadência do Repórter Esso.
Como o Repórter Esso era veiculado em AM, sua audiência sofreu significativa queda.
A ÚLTIMA EDIÇÃO
Roberto Figueiredo fez a última transmissão em 31 de dezembro de 1968, quando o noticiário já era veiculado pela Rádio Globo. No último Repórter Esso, o programa trouxe algumas das notícias mais importantes dos seus 27 anos em atividade.
A emoção do locutor durante a retrospectiva marcou essa última edição.
O noticiário ganhou uma versão televisiva na TV Tupi e foi transmitido de 1952 a 1970.
Seu declínio ocorreu, principalmente, devido ao sucesso do primeiro Jornal Nacional.
Fonte: Facto
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