O motorista de um caminhão que transportava 14 toneladas de carne bovina de Campo Grande para São Paulo, foi rendido na noite de terça-feira, dentro de um posto de combustíveis no quilômetro 157 da rodovia Castelo Branco (SP-280), no município de Quadra, passou a noite em poder dos bandidos e foi deixado na manhã de ontem em Sorocaba, onde registrou a ocorrência na delegacia do Plantão Sul.
Ele declarou à Polícia Civil ter sido obrigado a passar todo o tempo com a cabeça coberta, por isso, apenas soube dizer que dois bandidos entraram no caminhão, afirmando desconhecer o trajeto que foi feito da cidade de Quadra até Sorocaba, o tempo que ficou rodando ou mesmo características físicas dos ladrões.
O motorista, com 21 anos de idade, mora em Campo Grande, de onde partiu, e o transporte da carne era feito em um caminhão VW/24280, ano 2013, modelo 2014, de cor branca.
À Polícia ele disse que por volta das 20h da terça-feira parou no posto de combustíveis e que no local havia diversos outros caminhões. Na área do posto ele jantou, tomou banho e deitou-se no interior do veículo para dormir. Durante a noite percebeu que batiam na porta do caminhão, então, abaixou um pouco o vidro, quando um assaltante anunciou: "perdeu! perdeu", levantando a camiseta.
O motorista disse que não chegou a ver a arma, mas com medo abriu a porta do veículo.
O bandido entrou ordenando que não olhasse para ele, permanecesse deitado, e que cobrisse a cabeça com o cobertor. O motorista contou à polícia que como estava com a cabeça coberta não teve noção de quanto tempo rodou enquanto estava rendido, assim como a distância percorrida ou rodovias pelas quais passou. Mas disse que eram dois homens que conversavam mas sem que um chamasse o outro pelo nome ou apelido. No entanto, por diversas vezes falaram a respeito de alguns "fios". Em determinado momento, ainda com a cabeça coberta, ele foi retirado do caminhão e colocado em um veículo de passeio, onde continuou rodando por tempo e em direção desconhecidos.
Em determinado momento, o carro parou e o motorista do caminhão recebeu a ordem para descer e seguir a pé, porém, sem que corresse ou olhasse para trás.
Ele contou que caminhou por cerca de cinco minutos em uma avenida onde pediu informações, até chegar na rodoviária de Sorocaba. Ali pegou um táxi e foi até o Plantão Policial Sul, onde registrou a queixa. Ficaram no caminhão a nota fiscal da carne, os documentos do veículo, os documentos pessoais do motorista, dois celulares, cartões de crédito, R$ 200 em dinheiro e uma mala com roupas.
Cruzeiro do Sul.
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