domingo, 3 de maio de 2015

UM EPISÓDIO SOBRE "CARLOS BOTELHO" QUE DEU NOME A UM PARQUE ESTADUAL...

Segundo relato de Zuleika Alvim, historiadora da USP, no seu livro "Brava Gente" há o seguinte relato: 

"Em 1905, Carlos Botelho, secretário da Agricultura na época, retomou a política de núcleos coloniais, criando a Agência de Colonização e Trabalho em 1906, cujo objetivo era favorecer a colonização (...), proteger o trabalho e impedir que o colono fosse objeto de engano por parte de agentes especuladores e fazendeiros pouco honestos. 
Estranha preocupação para um homem que dez anos antes, em 1896, teve seu nome envolvido na morte de um colono, que ficou impune como tantas outras, conforme relato feito na época junto ao agente consular em Dourado ( Há três dias desapareceu da fazenda do Sr. Carlos Botelho (...) um colono italiano, sem deixar nenhum traço; sua família numerosa estava desoladíssima e todos na fazenda preocupados com o estranho desaparecimento. 
Qual, porém não foi a surpresa, ou melhor, o espanto de alguns cidadãos ao encontrarem, na manhã do dia 20 de abril de 1896, num bosque da fazenda, pendurado numa árvore, o cadáver do fugitivo (...), tratava-se de um suicídio ou de um caso de enforcamento? 
Mistério... 
O delegado Luiz da Vinha, avisado do fato e solicitado a dirigir-se ao local (...), recusou-se peremptoriamente. Assim o morto foi retirado da árvore e sepultado sem a menor intervenção de nenhuma autoridade".

Esse documento existe na Itália, pois foi enviado pelo agente Consular Italiano para lá. 
Mas Carlos Botelho foi também um grande benfeitor para Dourado. 
Possuía fazendas de café por lá. 
Trouxe a luz elétrica, a Cadeia Pública, o Matadouro e o Grupo Escolar que leva seu nome. 
Enfim, interesses casados sempre trazem "progressos" para ambas as partes.
FICARAM ELAS POR ELAS, COMO TANTAS OUTRAS COISAS NO PAÍS QUE FORA DESCOBERTO POR PORTUGUESES.

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