Esta casinha
me lembra o Natal.
Tem cheiro de mato,
tem flor, tem sossego,
e naquelas cadeiras
parece que alguém vem sentar
para recontar as histórias
de um tempo passado,
de um tempo real,
onde a família se juntava
e se ria
e cantava
e rezava
e comia
e distribuía
presentes e beijos entre si.
Mas que pena!
Não tem mais coral,
nem assistência...
Restaram apenas duas cadeiras
no meio do nada.
Quiçá neste Natal
o menino Deus venha ali sentar-se
cansado do calor do deserto
ou da rígida tempestade,
como um pobre solitário
buscando abrigo entre seus devotos mortais.
- Luiza Válio -
A ilustração: casinha no Maranhão. Não localizei o dono do crédito.
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