segunda-feira, 7 de maio de 2018

NÃO FAÇA O BEM SEM PENSAR A QUEM




Um morador de rua confessou ter estuprado uma estudante de medicina veterinária de 24 anos depois de invadir a república feminina em que ela mora em Ituverava (SP), de acordo com a Polícia Militar.
A vítima foi atacada enquanto dormia em seu quarto na madrugada de sexta-feira (4) horas depois de ajudar o suspeito e o comparsa dele, ambos andarilhos, com a doação de refeições. 
A PM informou que chegou ao local momentos antes de um segundo suspeito cometer o abuso sexual.
O homem apontado pelo estupro e o outro suspeito foram presos em flagrante e, após serem submetidos a um teste de HIV e prestarem depoimento na delegacia, foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Serra Azul (SP).
A jovem, que está no último ano do curso em Ituverava, estava em choque quando foi resgatada e passou por atendimento médico na Santa Casa, de acordo com a PM.
Segundo o PM, a universitária relatou que, ainda na noite de quinta-feira (3), por volta das 22 horas, serviu um macarrão instantâneo aos dois moradores de rua, que tinham vindo de Igarapava (SP), depois que eles bateram à porta da república, onde vivem sete estudantes, para pedir comida.
"Perguntaram se tinha comida, as pessoas falaram que não tinha, mas a vítima do estupro saiu, falou para eles: oh, a gente não tem nada para comer, mas se vocês quiserem aguardar, eu preparo alguma coisa para vocês. E aí ela acabou fazendo um macarrão instantâneo para eles, serviu os dois na calçada", conta Antônio de Paula.
Por volta das 4 horas de sexta-feira, a dupla voltou e invadiu a casa. 
Segundo os suspeitos, a intenção inicial era praticar um furto, mas um deles confirmou que decidiu estuprar a mulher que, horas antes, o havia ajudado.
De acordo com o PM, a estudante reagiu, mas o suspeito forçou a relação sexual, ameaçando matá-la com um espeto apontado para o seu pescoço.
"Durante as agressões que sofria do indivíduo ela falou: não faça isso comigo, eu te alimentei há pouco. E ele pegou e falou: oh, mas é por isso mesmo que eu te quero, eu vim aqui para ficar com você, você é uma menina muito gentil, muito legal."
A movimentação no quarto da jovem assustou as outras estudantes, que se trancaram nos quartos e avisaram a polícia.
"Ela [uma das estudantes] falava muito baixo, estava preocupada: nós estamos todas em mulheres aqui, é uma república que só tem mulher e nós estamos com medo que eles vão estourar as outras portas para poder acessar onde nós estamos", descreve o PM, com base no relato de uma das moradoras da república feminina.

Nenhum comentário: