Governo de Angola oficializa afastamento de brasileiros da Igreja Universal no país.
O Diário da República de Angola, órgão oficial do país africano, confirmou a dissolução da diretoria da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e a destituição do bispo brasileiro Honorilton Gonçalves de sua cúpula
1 de agosto de 2020.
Igreja Universal do Reino de Deus em São José do Rio Preto (Foto: Divulgação).
247 - O Diário da República de Angola, órgão oficial do país africano, confirmou a dissolução da diretoria da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e a destituição do bispo brasileiro Honorilton Gonçalves de sua cúpula.
Considerada uma entidade de direito angolano, a Igreja Universal local alegou "violação sistemática aos estatutos e direitos dos membros", tais como "a discriminação racial e violação das normas estatutárias" e a "imposição e coação à castração ou vasectomia aos pastores".
As informações foram publicadas pela BBC Brasil.
Também foi citada a suposta "privação aos pastores e suas respectivas esposas de acesso à formação acadêmica, científica e técnica profissional", a suposta falsificação de atas, "abuso de confiança da direção da Igreja ao passar procurações com plenos poderes a cidadãos brasileiros para exercer atos reservados à assembleia geral" e "abuso de confiança na gestação dos recursos financeiros e patrimoniais", entre outros pontos.
"Acabou para a Universal", disse Mathias Alencastro, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), que acompanha a situação de Angola.
"Coloca pedra e cal na estratégia da Iurd de tentar retomar seus templos. E mostra como foi inconsequente e desastrada a tentativa do Itamaraty de resgatar a Iurd. Já estamos vendo a consequência dessa submissão a interesses evangélicos", complementou ele, que é doutor em Ciência Política pela Universidade de Oxford (Inglaterra).
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