Homem negro baleado pelas costas em ação policial nos EUA está com corpo parcialmente paralisado.
Por Redação Ucho.Info/25 de agosto de 2020.

O pai de Jacob Blake, o homem negro de 29 anos baleado pelas costas, diante dos filhos, em ação policial na cidade de Kenosha, no estado norte-americano de Wisconsin, disse ao jornal “Chicago Sun Times” que o filho está com o corpo paralisado da cintura para baixo, o que pode significar paraplegia.
O pai de Blake ainda não sabe se as sequelas serão permanentes.
Emocionado, o pai da vítima disse: “Quero colocar minha mão sobre a bochecha de meu filho e beijar a sua testa. Aí, ficarei OK”.
Blake foi alvejado por policiais na tarde do último domingo (23). De acordo com a imprensa americana, a polícia esteve no local para atender a um chamado sobre briga doméstica. A corporação não deu detalhes sobre a ocorrência.
Um vídeo gravado do outro lado da rua onde aconteceu a abordagem invadiram as redes sociais ao redor do planeta e iniciaram nova onda de protestos contra o racismo e contra a violência policial nos Estados Unidos.
Após confrontos e depredações, o governo do Wisconsin apelou aos soldados da Guarda Nacional para conter os tumultos.
De acordo com o relato do pai, Jacob Blake tinha oito perfurações no corpo.
Oficialmente, não se sabe quantos policiais atiraram nem quantas balas atingiram o homem.
Até o momento, a polícia não informou se Blake estava armado ou por qual razão atiraram pelas costas, quando a vítima entrava no próprio carro.
O advogado Ben Crump, que representa a família de Blake, disse que três dos seus filhos estavam no carro no momento em que ele foi baleado. As crianças têm entre 3 e 8 anos.
Policiais envolvidos na ação estão temporariamente suspensos das atividades quando na verdade deveriam estar presos temporariamente para não comprometer o andamento das investigações, que até agora não teve dados divulgados pelas autoridades.
A ação ocorre pouco menos de três meses depois da morte do ex-segurança negro George Floyd, morto em operação policial em Minneapolis após ter o pescoço prensado pelo joelho de um policial.
O caso gerou uma onda de protestos nos Estados Unidos e em todo o planeta, além de ter impulsionado o movimento “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam).
O episódio acontece em momento difícil para o presidente dos EUA, Donald Trump, que tenta a reeleição a bordo de um discurso eminentemente voltado para brancos, que representam aproximadamente 60% da população do país, mas que têm cobrado das autoridades de medidas antirracistas.
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