Acredito que Luiz Inácio Lula da Silva e Paulo Maluf já estavam destinados a se darem as mãos algum dia, como, aliás, aconteceu.
Pois não foram ambos que se utilizaram do termo "esperança" para conquistar o coração dos brasileiros?
Há quase três décadas, Maluf fazia seu discurso numa convenção do PDS e a frase que ele utilizava era "Brasil-Esperança. Este é o meu compromisso".
Foi ele quem deu o primeiro passo ao vislumbrar um país pleno de "fartura" e "prosperidade", de "escola para todas as crianças em idade de estudar", de emprego e salário compensador para todos os brasileiros, de saúde, saneamento e promoção urbana para todos.
Pois foi nesse sonhar de Maluf que Lula deu continuidade, utilizando a frase "A esperança venceu o medo" e veio a tornar-se sócio do país.
E quando naquela longínqua Convenção Maluf afirmava que o seu mais alto e mais urgente compromisso era redimir o Nordeste e integrar o nordestino ao progresso do Brasil, estava sendo visionário.
Lula lá!
Foi Maluf quem dizia querer fazer do trabalhador um sócio do progresso.
No sentido figurado.
Foi ele quem pensou no Turismo e em criar o Ministério da Cultura, Esporte e Lazer.
Foi criado.
Foi ele quem predisse da necessidade de uma nova Constituição.
E ela veio.
E a eleição direta em todos os níveis?
Também foi cantada por ele e aconteceu.
Ainda mais dizia o deputado que "o Estado é a grande empresa de todos os brasileiros" e ele pretendia "geri-la com verdadeiro espírito empresarial".
Disse que eliminaria as mordomias.
Para o povo!
Imporia a austeridade na administração.
Só para os vassalos.
Reforçaria as atribuições do Tribunal de Contas.
Para as contas alheias.
Protegeria a poupança do povo.
A sua estava longe daqui.
Daria punição exemplar a toda dilapidação ou apropriação indébita de recursos do erário público.
Para o público.
E aí está Lula que, com seu bordão à la Maluf, fez deste país a terra do maior carnaval da história: tem desfile de carros alegóricos a cada romper de um novo dia, em Brasília e no resto do Brasil onde se enlaçam os "companheiros".
Pena que Farias Brito, o grande filósofo cearense já morreu.
Se vivo, por certo pediria à presidente para que rasgasse a atual Constituição, decretando que no país, a partir de agora, haveria apenas uma lei:
- "Todo brasileiro deve ter vergonha na cara".
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