Batizada como Dionísia Gonçalves Pinto, ela nasceu no Sítio Floresta, localizado em Papari, no estado do Rio Grande do Norte, aos 12 de outubro de 1810.
Filha de um português, Dionísio Gonçalves Pinto, e de Antonia Clara Freire, uma brasileira, logo foram todos morar em Recife, onde aconteceram fatos que marcaram sua vida: em 1828, o pai foi assassinado; ela se casou pela segunda vez com o pai da sua filha Lívia Augusta, que lá também faleceu.
Começou a escrever e a publicar seus artigos versando sobre a precária condição da mulher num jornal pernambucano, tornando-se então, além de educadora, escritora, poetisa e tradutora.
Uma vez viúva, parte dali com a mãe e a filha para o
Rio Grande do Sul, onde vai dirigir um colégio para meninas, trabalho esse que foi interrompido devido à Guerra do
s Farrapos.
Nísia fixa residência no Rio de Janeiro, onde funda e dirige os colégios "Brasil" e "Augusto", que se tornaram notáveis pelo alto nível de ensino ali ministrado.
Em 1849, por recomendação médica, estando a filha gravemente doente por causa de um acidente, vai buscar tratamento na Europa; morou em Paris.
No ano de 1853, publicou uma coleção de artigos sobre emancipação feminina intitulada "Opúsculo Humanitário", que mereceu apreciação favorável do grande Augusto Comte, pai do Positivismo.
Voltou para o Brasil e entre 1872 e 1875, engajando-se na campanha abolicionista liderada por Joaquim Nabuco.
Nesse mesmo ano retornou para sua casa na Europa.
Três anos depois, publicou seu último trabalho "Fragments d’un ouvrage inédit: Notes biographiques".
Nísia faleceu em Rouen, na França, no dia 24 de abril de 1885, de pneumonia, sendo enterrada no Cemitério de Bonsecours. Em agosto de 1954, seus despojos foram transladados para o Brasil: primeiramente, os despojos de Nísia foram depositados na igreja matriz da cidade e, mais tarde, de volta ao Sítio Floresta, onde ela nasceu, desta vez para toda a eternidade.
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