Ricardo Noblat
Sempre que você ouvir falar que tal partido ou tal político indicou o ocupante de determinado cargo público, tenha certeza: foi para roubar que ele indicou.
Isso vale até para cargos administrativos em creches, escolas de primeiro grau, santas casas de misericórdia, unidades de saúde. Para tudo. Nada escapa.
No passado distante, os políticos apadrinhavam indicações para empregar parentes e amigos. E para dar demonstração de prestígio.
Não que as indicações não pudessem resultar em roubo. Claro que poderiam. Mas o roubo era pequeno. Insignificante.
Ontem, na televisão, eu vi um repórter perguntar assim a um delegado da Polícia Federal:
- Mas ele é acusado de ter recebido propina de apenas 4,5 milhões de reais? Isso não lhe parece troco?
Estava sendo irônico, certamente. Referia-se ao presidente licenciado da Eletronuclear, acusado de receber tal mixaria.
Se um único gerente da Petrobras – eu disse: gerente, não diretor – concordou em devolver quase 100 milhões de dólares que havia embolsado, 4,5 milhões de reais não passam de troco. Coisa de pobre.
O prestígio ainda move o interesse do político em empregar afilhados. Mas há muito que deixou de ser o mais importante.
O roubo é o mais importante. O indicado assume seu cargo sabendo que o usará para roubar e deixar roubar.
Ele foi posto ali para desviar recursos públicos, cobrar comissões de fornecedores e arrancar doações legais ou ilegais para o partido do seu padrinho.
Há mil maneiras de se fazer isso. Cabe ao PT o mérito por algo de fato especial que inventou: a lavagem de dinheiro sujo pela Justiça.
Funciona assim: você aumenta o valor de um contrato. Exige do operador do contrato que doe ao partido ou ao político parte daquela grana a mais que recebeu.
A doação é feita mediante recibo e tudo mais. E declarada à Justiça Eleitoral. Inteligente, não?
O presidente da República que promove o loteamento de cargos públicos é conivente com a corrupção. Porque está cansado de saber para quê o loteamento serve.
Ou você imagina que Lula não sabia que os diretores da Petrobras nomeados por ele foram postos ali para servir a seus padrinhos?
Ou imagina que Dilma, a inocente, não sabe que o setor elétrico, tão caro a ela, é uma fonte inesgotável de recursos para o PMDB?
Tem cacique do PMDB que mandou durante décadas no Porto de Santos, em São Paulo. Para quê? Por que ambicionava os votos dos estivadores?
O “homem incomum” sempre mandou na Eletrobrás. Para quê? Para distribuir gambiarras entre seus eleitores?
Basta de tanto cinismo.
Sérgio Moro em cima de toda essa gente.
Sempre que você ouvir falar que tal partido ou tal político indicou o ocupante de determinado cargo público, tenha certeza: foi para roubar que ele indicou.
Isso vale até para cargos administrativos em creches, escolas de primeiro grau, santas casas de misericórdia, unidades de saúde. Para tudo. Nada escapa.
No passado distante, os políticos apadrinhavam indicações para empregar parentes e amigos. E para dar demonstração de prestígio.
Não que as indicações não pudessem resultar em roubo. Claro que poderiam. Mas o roubo era pequeno. Insignificante.
Ontem, na televisão, eu vi um repórter perguntar assim a um delegado da Polícia Federal:
- Mas ele é acusado de ter recebido propina de apenas 4,5 milhões de reais? Isso não lhe parece troco?
Estava sendo irônico, certamente. Referia-se ao presidente licenciado da Eletronuclear, acusado de receber tal mixaria.
Se um único gerente da Petrobras – eu disse: gerente, não diretor – concordou em devolver quase 100 milhões de dólares que havia embolsado, 4,5 milhões de reais não passam de troco. Coisa de pobre.
O prestígio ainda move o interesse do político em empregar afilhados. Mas há muito que deixou de ser o mais importante.
O roubo é o mais importante. O indicado assume seu cargo sabendo que o usará para roubar e deixar roubar.
Ele foi posto ali para desviar recursos públicos, cobrar comissões de fornecedores e arrancar doações legais ou ilegais para o partido do seu padrinho.
Há mil maneiras de se fazer isso. Cabe ao PT o mérito por algo de fato especial que inventou: a lavagem de dinheiro sujo pela Justiça.
Funciona assim: você aumenta o valor de um contrato. Exige do operador do contrato que doe ao partido ou ao político parte daquela grana a mais que recebeu.
A doação é feita mediante recibo e tudo mais. E declarada à Justiça Eleitoral. Inteligente, não?
O presidente da República que promove o loteamento de cargos públicos é conivente com a corrupção. Porque está cansado de saber para quê o loteamento serve.
Ou você imagina que Lula não sabia que os diretores da Petrobras nomeados por ele foram postos ali para servir a seus padrinhos?
Ou imagina que Dilma, a inocente, não sabe que o setor elétrico, tão caro a ela, é uma fonte inesgotável de recursos para o PMDB?
Tem cacique do PMDB que mandou durante décadas no Porto de Santos, em São Paulo. Para quê? Por que ambicionava os votos dos estivadores?
O “homem incomum” sempre mandou na Eletrobrás. Para quê? Para distribuir gambiarras entre seus eleitores?
Basta de tanto cinismo.
Sérgio Moro em cima de toda essa gente.
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