quinta-feira, 26 de outubro de 2017

TANGERINA TEM NOME: MARIA!

Desenvolvida pelo Centro de Citricultura Sylvio Moreira do Instituto Agronômico, a fruta deve chegar ao mercado somente em 2019.
Quem se depara com uma nova variedade de fruta, verdura ou hortaliça na feira ou no hortifruti, por exemplo, nem imagina por quantas etapas aquele produto passou até estar na gôndola. 
Até chegar ao campo, onde será cultivada, a semente foi amplamente desenvolvida e estudada por pesquisadores, que durante anos, analisaram e selecionaram características favoráveis à sua comercialização – resistência a doenças e pragas, sabor, aparência, entre outros aspectos.
Para 2019, pesquisadores do Centro de Citricultura Sylvio Moreira do Instituto Agronômico (IAC) esperam disponibilizar para o mercado um novo tipo de tangerina, batizada de Maria por meio de um concurso interno do Centro. 
Fruto do cruzamento da laranja pera e a tangerina tangor murcott, a variedade vem sendo desenvolvida desde 1997. 
“A Maria é uma variedade precoce (com colheita no mês de abril), possui um número bem menor de sementes no fruto, tem uma coloração alaranjada bem intensa e, além disso, é resistente ao CVC (amarelinho) e muito menos suscetível à doença fúngica mancha marrom de alternária”, explica Mariângela Cristofani Yaly, pesquisadora do Centro de Citricultura e coordenadora do projeto de desenvolvimento da variedade.
“A mancha marrom de alternária é responsável por 15 ou mais aplicações de fungicida durante um ano. Já ouvimos relato de produtor que chegou a fazer 25 por conta da doença. Com a Maria, essas pulverizações não serão necessárias”, comemora Mariângela.
No momento, Maria está sendo registrada e protegida junto ao Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Enquanto aguardamos a finalização deste processo, estamos realizando experimentações com a variedade junto aos produtores, que validarão conosco esta nova tangerina”, diz a pesquisadora.

Cultura Nota 10
Com o objetivo de oferecer aos citricultores um conjunto de cultivares, selecionadas por seu Programa de Melhoramento, com aptidão para o mercado de frutas in natura, o Centro de Citricultura desenvolveu o Programa Citricultura Nota 10.
Representando uma parceria entre o Centro de Citricultura, cuja responsabilidade é planejar a implantação de áreas com as novas cultivares, e produtores interessados em inovação tecnológica, cujo dever é manter essas áreas dentro de seu nível de manejo, o Nota 10 conta hoje com aproximadamente 60 variedades. 
“Todas pertencentes ao nosso banco de germoplasma”, informa Mariângela.
Fonte: Cenário Agro

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