No ano, foram encontrados 44 macacos mortos no município, mas nenhum caso da doença foi constatado em humanos.
Laudo do Centro de Patologia do Instituto Adolfo Lutz confirmou a segunda morte de macaco por febre amarela em Pilar do Sul.
A informação foi divulgada no final da tarde desta segunda-feira (26) pela Secretaria de Saúde de Pilar do Sul.
O macaco da espécie bugio, macho, filhote com aproximadamente 120 dias de vida, foi encontrado morto no dia 19 de fevereiro no Jardim Cananéia e coletado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que o enviou para exame imuno-histoquímico, cujo resultado acusou positivo para a doença.
O primeiro caso de morte de animal por febre amarela foi confirmado no início do mês (aqui) de uma macaca coletada em 31 de janeiro no bairro da Paineira.
Para Marcos Augusto de Gois Vieira, secretário municipal de saúde, não há motivo para pânico, já que no ano 2009 foi realizada uma ampla campanha de vacinação que imunizou 80% da população e, desde janeiro, a mesma campanha foi intensificada e outras quase 5 mil pessoas foram vacinadas.
O Centro de Controle de Zoonoses informou que desde janeiro 44 macacos foram encontrados mortos nas regiões dos bairros Paineira, Caxangá, Cananéia e Pinhal, sendo que a maioria deles estava em avançado estágio de decomposição e não foi possível recolher material para exame imuno-histoquímico, que só pode ser realizado em 48 horas após a morte do bicho.
O CCZ pede para a população que ao encontrar um macaco morto avise imediatamente pelo telefone fixo: (15) 3278-4248 ou celular: 99750-4612 que o animal será recolhido e enviado para análise de laboratório.
Macaco não é o vilão
A técnica veterinária Maíra Martins, coordenadora de controle de zoonoses, alerta a população que o macaco não transmite a doença e que as pessoas não devem atacar os animais.
Ela explicou que os macacos representam um alerta quanto à incidência da doença em áreas silvestres, porque são vulneráveis ao vírus, e ajudam as autoridades sanitárias a elaborar ações de prevenção da doença em humanos.
Assim como a dengue, a febre amarela é um vírus transmitido por um mosquito. Na verdade, três: Haemagogus e Sabethes, que propagam a doença nos meios rurais e silvestres, e o Aedes aegypti, transmissor nas zonas urbanas. Não são registrados casos urbanos da doença no Brasil desde 1942.
Os sintomas são febre, dor de cabeça aguda, dores no corpo, vômito e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode ter febre alta e icterícia (cor amarelada na pele e branco dos olhos) e pode evoluir para falência dos rins e do fígado e até causar a morte.
Blog do Sérgio Santos.
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