1.950
19 DE ABRIL
DE NOVO, POBRES NÃO ENGOLEM BRIGADEIRO.
Eduardo Gomes confirma imagem de elite ao apoiar o fim do salário mínimo.
O brigadeiro Eduardo Gomes é lançado novamente candidato à Presidência da República pela UDN, desta vez contra o ex-presidente Getúlio Vargas (PTB).
Nas eleições de 1.945, contra Eurico Gaspar Dutra, ele havia sido o franco favorito até às vésperas do pleito, mas tudo indica que desta vez será derrotado por ampla margem, e Getúlio deve voltar ao poder pelo voto, graças a uma campanha que vem empolgando o eleitorado.
No palanque, o brigadeiro confirmava a imagem de “candidato dos grã-finos”.
Defendia o fim do salário mínimo e a “liberdade contratual”, o que enterraria de vez suas chances junto aos mais pobres. Nem seu histórico de defesa da democracia durante o Estado Novo — fama que lhe rendeu chances reais para sua eleição em 1.946 — contava mais, pois ficara para trás na memória do eleitorado.
Ainda assim, como candidato do mais forte partido oposicionista, Eduardo Gomes chegaria em segundo lugar, com 29,6% dos votos.
Getúlio Vargas se elegeria com 48,73% dos votos.
O brigadeiro Eduardo Gomes é recepcionado pelos estudantes da Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, durante a segunda campanha para a Presidência da República.
Conteúdo Estadão AE.
Documentos e extras
PROPAGANDA ELEITORAL DO BRIGADEIRO" EM O CRUZEIRO", 23/09/1950.
Nenhum comentário:
Postar um comentário