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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
POR ENQUANTO, A NOVA SEITA QUE VAI GOVERNAR O BRASIL JOGOU PARA O LIXO O MINISTÉRIO DO TRABALHO.
Onyx Lorenzoni confirma extinção do Ministério do Trabalho, após 88 anos de existência da pasta
Ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) confirmou nesta segunda-feira (3) a extinção do Ministério do Trabalho a partir de 1º de janeiro, quando o presidente Jair Bolsonaro assumirá a Presidência da República.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Onyx explicou que as atuais atividades da pasta serão distribuídas entre os ministérios da Justiça, da Economia e da Cidadania.
De acordo com o democrata gaúcho, tanto as concessões de cartas sindicais quanto a fiscalização das condições de trabalho ficarão a cargo da equipe de Sérgio Moro (Justiça). Sob o guarda-chuva de Paulo Guedes (Economia) e Osmar Terra (Cidadania) serão divididas as políticas de emprego, contemplando ações voltadas para o empregador e para empresários.
Onyx Lorenzoni afirmou que o futuro governo terá 20 ministérios funcionais e dois eventuais.
Os dois últimos são estruturas com status ministerial temporariamente, de acordo com estratégias defendidas pela equipe de Bolsonaro.
Trata-se do Banco Central que “quando vier a independência deixa status de Ministério” e a Advocacia-Geral da União (AGU).
Bolsonaro definirá nos próximos dias o comando das pastas do Meio Ambiente e dos Direitos Humanos. Lorenzoni detalhará a nova estrutura do governo em entrevista coletiva marcada para a tarde desta segunda-feira.
Encontro com parlamentares
Na terça-feira (4), Onyx acompanhará o presidente eleito em conversas com bancadas parlamentares. O primeiro grupo será do MDB e PRB que, juntos, têm mais de 60 parlamentares. Na quarta-feira, será a vez das bancadas do PR e PSDB.
De acordo com o futuro ministro de Bolsonaro, os encontros têm como finalidade apresentar um modelo diferente da relação entre Executivo e Legislativo.
Lorenzoni reiterou a afirmação que vem sendo feita pelo presidente eleito de que não haverá mais a política “toma lá, dá cá”, quando cargos eram distribuídos em troca de apoio na votação de projetos prioritários.
“Ao longo dos anos esses lugares eram dados e usados para operações que eram desvio de dinheiro público. E isso não vai ter no governo Bolsonaro. Estamos criando um novo mecanismo que não existe, uma nova lógica de relacionamento de construção de maioria que passa primeiro na relação com as bancadas, depois frentes parlamentares e vamos ter coordenadores regionais”, disse.
Segundo ele, a maioria será construída com apoio a parlamentares em projetos nos seus estados, como a execução de obras e atendimento de outras emendas, além da participação em programas do governo.
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