terça-feira, 14 de maio de 2019

OS "TENTÁCULOS" DAS ATIVIDADES DE FLÁVIO BOLSONARO VÃO LONGE...

Após quebra de sigilo, Flávio Bolsonaro dá explicações demais para quem afirma nada ter feito de errado.
Por Redação Ucho.Info/
14 de maio de 2019.




Senador pelo PSL do Rio de Janeiro e filho do presidente da República, Flávio Bolsonaro reagiu mais com argumentos nada convincentes à decisão da Justiça fluminense de autorizar a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal (de janeiro de 2007 a dezembro de 2018), assim como do ex-assessor Fabrício Queiroz, que continua devendo explicações sobre como consegue custear tratamento em um dos mais requisitados hospitais do País e ser atendido por médicos considerados de primeiro time, sem estar trabalhando.
Nos últimos dias, Flávio disparando declarações contra o Ministério Público do Rio de Janeiro, que comanda as investigações e solicitou a quebra dos sigilos, mas sua investida foi em vão, pois a autorização é do último dia 24 de abril e esteve em sigilo até esta segunda-feira (13).
Também terão suas informações bancárias analisadas a esposa de Flávio, Fernanda Bolsonaro; uma empresa do casal – Bolsotini Chocolates e Café Ltda –, as duas filhas de Fabrício Queiroz, Nathalia e Evelyn; e a esposa do ex-assessor, Márcia.
Outros 88 ex-funcionários do então gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, seus parentes e empresas relacionadas a eles também terão as informações bancárias desse período checadas. 
Entre os investigados estão Danielle Nóbrega e Raimunda Magalhães, esposa e mãe do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega.
Foragido da Justiça desde janeiro, Adriano é considerado o chefe do “Escritório do Crime”, grupo de matadores de aluguel suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco. 
O ex-policial militar é acusado há pelo menos uma década de participação em homicídios no Rio de Janeiro, mas mesmo assim foi alvo de homenagens na Alerj por parte de Flávio Bolsonaro.
A autorização para a quebra dos sigilos é do juiz Flávio Nicolau, que afirmou ser a medida “importante para a instrução do procedimento criminal” instaurado contra os investigados. 
A ordem judicial para a quebra de sigilos alcança também três empresários americanos, dois deles residentes nos Estados Unidos: Glenn Howard Dillard, Paul Daniel Maitino e Charles Anthony Eldering.
Em nota, o senador afirmou que “a verdade prevalecerá, pois nada fiz de errado e não conseguirão me usar para atingir o governo de Jair Bolsonaro”.
Flávio Bolsonaro não precisa usar o governo do pai como subterfúgio de defesa, pois se, como ele mesmo afirma, nada de errado fez, não há razão para preocupações. 
No momento em que o parlamentar começa a se explicar de forma insistente é porque há algo errado por trás do discurso.
Fosse tudo tão simples e transparente como alega o filho do presidente da República, o ex-assessor Fabrício Queiroz já teria comparecido ao MP para depor e apresentado os nomes de todos os assessores que trabalharam no gabinete da Alerj, de quem recebeu repasses em dinheiro.

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