Ainda sobre a operação policial da última sexta-feira, 64ª fase da operação Lava Jato, vejamos um dado curioso.
Na segunda quinzena de junho deste ano, a revista Veja veiculou duas capas com a imagem do ministro Sergio Moro. A primeira vinha com o trocadilho infame dizendo que ele estava "desmoronando".
A segunda, mais completa, em parceria com o Intercept, revelava que o então juiz não foi tão passivo assim na relação com a Força Tarefa.
A partir da publicação, passaram a pipocar notas dizendo que o dono da revista Veja seria André Esteves.
O boato foi desmentido.
De fato, o proprietário da revista, Fabio Carvalho, teria obtido o apoio financeiro de empresa do BTG para equacionar as dívidas da Editora Abril.
E tudo teria ficado nesses limites.
Alguns dias depois, de modo inusitado, juntando inúmeros assuntos desconexos, o delegado da PF de Curitiba, chefiada antes e agora mais ainda por Sergio Moro, faz uma representação contra André Esteves, pedindo diligências em sua casa (pela terceira vez, diga-se de passagem).
O mercado financeiro, lobrigando uma persecução penal intuito persona, praticamente ignora a ação da PF.
Diante da frustração com os objetivos da ação, eis que surge ontem à tarde, no noticioso Antagonista, um "documento sigiloso obtido com exclusividade" (eufemismo para vazamento criminoso), datado de 2016, com informações de um denunciante anônimo (mas que foi pessoalmente na PF?), relatando supostas irregularidades na atuação do BTG.
E já que o documento está lá desde 2016, de duas uma, ou se investigou e viu que nada tinha, ou não se investigou e estamos diante de conduta típica.
Como esta última hipótese não é crível, a primeira é que vale. Nesse sentido, por que o documento, já esmerilhado e descartado, foi parar num site?
E mais, como ele chegou ali?
Pílulas/Migalhas.
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