quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Morre FW de Klerk, Nobel da Paz com Mandela, último presidente branco da África do Sul

 

A política de segregação racial sul-africana, conhecida como apartheid, vigorou no país entre 1948 até o seu governo, em 1993
Por Julinho Bittencourt 11 nov 2021.



De Klerk e Mandela no Fórum Econômico Mundial, em 1992. Foto: Creative Commons.

O ex-presidente da África do Sul, Frederik Willem de Klerk, que dividiu o prêmio Nobel da Paz em 1993 com Nelson Mandela, por sua participação no fim do apartheid, morreu nesta quinta-feira (11) aos 85 anos.
O ex-presidente morreu na Cidade do Cabo, “em sua casa em Fresnaye, no início desta manhã, após sua luta contra o câncer de mesotelioma”, de acordo com a Fundação FW de Klerk.
O político foi o último presidente branco a governar a África do Sul, entre 1989 e 1994 e foi o responsável por libertar Mandela e outros prisioneiros políticos.
Mandela sucedeu FW de Klerk e foi o primeiro presidente negro do país, nas primeiras eleições multirraciais da África do Sul.


Apartheid
A política de segregação racial sul-africana, conhecida em todo o mundo como apartheid, vigorou no país entre 1948 a 1993 (apartheid significa “separação” na língua africâner, que é derivada do holandês).
Com a chegada do Partido Nacional ao poder em 1948, a segregação racial se tornou uma política oficial de estado. O governo passou a registrar cidadãos segundo a raça e a proibir os casamentos mistos.
O governo também confiscou propriedades de negros e obrigou milhares de pessoas a se mudar para áreas reservadas por etnia. Placas determinavam as áreas para brancos e as áreas para negros, que deveriam, obrigatoriamente, carregar uma caderneta com informações pessoais.
A cor da pele passou a definir se a pessoa poderia votar, onde iria estudar, morar, trabalhar e a receber tratamento médico, diferenciando lugares e posições de brancos e negros na sociedade.
Eleito presidente em 1989, FW de Klerk iniciou as mudanças que acabaram com o apartheid no país.
Ele tirou da ilegalidade o Congresso Nacional Africano (CNA), movimento político de Mandela que havia sido banido em 1960, e soltou o político e outras lideranças que estavam presas.

Com informações do G1

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